Proposta da Cisco para futuro da Internet é de rede definida por software e 'as a service'

SVP e gerente geral de infraestrutura de grande escala da Cisco, Jonathan Davidson

Nesta terça-feira, 30, durante o evento global Cisco Live, desta vez acontecendo de forma inteiramente online por conta da pandemia, a Cisco anunciou a estratégia de "reconfiguração" da arquitetura da Internet para um modelo de rede definida por software e distribuída "as a service". A ideia da companhia é utilizar uma nova tecnologia de rede óptica roteada (routed optical networking, em inglês) para permitir uma simplificação na infraestrutura, trazendo economias de cadeia e permitindo maior capacidade.

A ideia é simplificar as redes IP e ópticas, criando uma rede definida por software rodando na camada óptica. Isso é possível por meio de novos trasnponders de tamanho reduzido criados pela Acacia, uma das recentes aquisições da Cisco. Além disso, implanta-se roteamento por segmentos e VPNs por Ethernet (EVPN) com capacidade de cloud, com a promessa de operadoras conseguirem ter redes escaláveis para a demanda de tráfego do 5G, mas com operação mais ágil. 

Segundo o CEO da Cisco, Chuck Robbins, o desafio não é como oferecer a computação e rede integradas, mas a forma como isso pode ser monetizada. Por isso, a companhia está trabalhando em "uma unidade métrica para ser traduzida em algum tipo de configuração com convicção suficiente para ter modelos de negócio". "Os clientes não vão querer comprar da mesma forma, alguns vão querer foco em Capex, outros mais em Opex."

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"Há 15 meses estamos falando da abordagem desagregada, só por meio de software, e isso tem sido bem recebido pela base de clientes", afirma o SVP e gerente geral de infraestrutura de grande escala da Cisco, Jonathan Davidson. "Podemos construir uma arquitetura de rede totalmente nova, e já há uma dúzia utilizando. De hoje em diante, se você não está construindo com rede óptica roteada, você está fazendo de forma errada."

Essa "Internet para o futuro" está sendo desenvolvida em parceria com provedores de serviços, de comunicação e de nuvem, como Google, Facebook, Airtel, Rakuten Mobile, Telia Carrier e Telstra, entre outros. A Cisco promete resultados práticos, reduzindo em 44% o consumo de energia, o que afirma ser um resultado sete vezes melhor do que "o da competição". 

Para tanto, a migração da rede será faseada, permitindo uma rede mais fácil de ser automatizada, com os serviços ópticos rodando pela rede IP:

  1. Agora, integrando os transponders e permitindo ambiente multifornecedor;
  2. migrando o legado, convergindo serviços privados
  3. investindo em redes ópticas com abordagem totalmente IP e convergida.

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