O mercado brasileiro confirmou as previsões e ultrapassou a marca de 100 milhões de acessos 4G ainda em 2017. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Telecomunicações – Telebrasil nesta terça-feira, 30, a base total fechou o ano com 102,4 milhões de conexões, um avanço de 70% comparado com dezembro de 2016. A entidade destaca que a tecnologia está em operação em 3.823 municípios, representando 93% da população brasileira. Isso significa que a cobertura foi três vezes maior do que as obrigações estabelecidas nos leilões de frequências. Somente no ano passado, foram 2.297 novos municípios, um crescimento de 150%.
As gerações anteriores, por outro lado, reduziram a base. A principal queda foi em 3G, que crescia até 2015 e, apesar de queda, encerrou 2016 ainda como a tecnologia dominante, com quase o dobro da base 4G. No ano passado, contudo, o cenário foi totalmente mudado. O WCDMA encerrou dezembro com 83,7 milhões de acessos, uma redução de 29,66% no ano, ficando atrás do LTE pela primeira vez. A cobertura alcança 5.131 municípios (146 adições no período), ou 98,8% da população brasileira.
Já a 2G continuou em queda franca, tendência já registrada nos últimos anos. Foram 32,4 milhões de acessos em dezembro do ano passado, uma redução de 31,93%. Desde 2013, quando contava com 160 milhões de linhas, o GSM não é mais a maior tecnologia do País. O LTE o ultrapassou ainda em 2016.
Para efeito de comparação, o Telebrasil montou um gráfico e uma tabela com a progressão de base das três principais tecnologias do serviço móvel.
Na soma de tecnologias 3G e 4G, além de acessos máquina-a-máquina (M2M), a Telebrasil afirma que são 204,1 milhões de acessos à Internet pela rede móvel. Considerando também os acessos fixos (28,7 milhões), são 233 milhões de conexões no País.