Datafolha afirma que brasileiro confia no WhatsApp, mas dados são inconclusivos

[Atualizada em 31/01] Após a controvérsia com os novos termos de privacidade, que incluíam a troca de informações com o Facebook, o WhatsApp contratou o Instituto Datafolha para medir a confiança do brasileiro a respeito do seu serviço. Foram entrevistadas em novembro passado 2.363 pessoas em 130 cidades de todas as regiões do País.

Uma das perguntas foi justamente sobre a percepção do brasileiro a respeito do compartilhamento de dados entre WhatsApp e Facebook. A questão estava dividida em três e formulada da seguinte maneira: "Você concorda que o WhatsApp compartilhe algumas informações com o Facebook para: 1) aumentar a segurança; 2) melhorar a sugestão de produtos; 3) combater o spam." Para os três pontos, as respostas foram positivas: 81%, 79% e 69% dos brasileiros concordaram com o compartilhamento para essas finalidades, respectivamente. Não houve, porém, uma pergunta simples sobre a aprovação ou desaprovação do compartilhamento sem a citação de vantagens (ou desvantagens) desse processo.

A pesquisa também perguntou a opinião dos brasileiros sobre a compra do WhatsApp pelo Facebook, transação ocorrida em 2014. A avaliação é dividida em 45% que a consideram positiva e 9% como "muito positiva", enquanto 37% avaliam como "neutra"; 7%, como negativa; e 1%, como "muito negativa".

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Ainda de acordo com o Datafolha, 57% dos usuários acreditam que o aplicativo de mensagens tem "o mais alto nível de segurança para troca de informações sensíveis como dados pessoais e financeiros". Além disso, 71% disseram usar a plataforma para enviar informações confidenciais e particulares, como assuntos familiares, conversas de negócios, assuntos íntimos, informações sobre saúde, documentos ou dados financeiros. Para 29%, a privacidade das mensagens no WhatsApp é importante, enquanto 65% classificam como "muito importante". O app utiliza criptografia ponta a ponta desde o ano passado em todas as conversas. O levantamento apontou que 74% dos entrevistados se declararam contra os bloqueios judiciais do aplicativo.

A pesquisa do Datafolha diz que 42% dos usuários aceitam trocar mensagens com empresas como comércios, prestadores de serviço, de saúde ou gerentes de banco, entre outros. E dos que utilizam para negócios, 59% trocam mensagens com colegas de trabalho e 27% com clientes. O WhatsApp foi considerado o aplicativo preferido por 82%, e o que mas se costuma utilizar (92%). Dentre os apps de mensagens, ele é o preferido por 89%. E 57% o consideraram o mais seguro. Para 49%, o software é considerado bom, enquanto para 44%, ele é "excelente".

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A íntegra da apresentação do Datafolha pode ser acessada clicando aqui

Contrário do que sugere o instituto de pesquisa, a troca de dados entre Facebook e WhatsApp pode não ter sido unanimidade. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) encaminhou em setembro ofício ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), solicitando instauração de processo administrativo para impedir o aplicativo de compartilhar dados com o Facebook, além de divulgar um relatório condenando o que chama de "consentimento forçado".  A prática foi questionada também pela União Europeia, enquanto Alemanha e Índia chegaram a proibir o compartilhamento entre as duas empresas.

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