As redes privativas foram tema recorrente durante a apresentação sobre a Internet das Coisas (IoT) como negócio para provedores regionais, apontou debate durante o 9º Congresso do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas, iniciado nesta terça-feira, 29.
A Datora tem trabalhado, de acordo com o seu diretor de inovação, Daniel Fuchs, em um complemento para redes privativas a partir do modelo de MVNO. "Nós temos hoje 44 áreas cobertas em parcerias com provedores no Brasil. Mas, o que a gente percebe é que quando eles vendem a rede privativa, eles também precisam vender um acesso para esse usuário quando ele sai da rede privativa. Então a gente tem um SIM card, que funciona na rede privativa quando está sob a cobertura e quando ele sai daquela rede privativa, ele percebe que saiu e troca", explicou Fuchs.
O presidente da NLT, André Martins, diz que vê um grande potencial para o segmento de IoT no Brasil em frotas de veículos, estabelecimentos comerciais, medidores de gás, água e eletricidade, estabelecimentos médicos, postes de iluminação, estabelecimentos comerciais e propriedades rurais.
A falta de cobertura em todas as localidades pede como solução, segundo Martins, uma rede híbrida, que uniria a rede pública celular com a rede privativa para atender grandes projetos. "Quem vai levar os projetos de IoT para esse interior são os ISPs", defende.
"O que diferencia o mercado de IoT do mercado global do brasileiro no âmbito de rede celular é a conectividade. No Brasil a gente tem o hábito de usar chip de operadora, nosso mercado está subdesenvolvido", argumentou.
Já a Trópico, fabricante especializada em desenvolvimento de software e soluções de conectividade e atuante do setor de telecomunicações, destacou a importância das redes privativas para garantir conectividade personalizada e segura em diversos ambientes.
Isso porque, segundo o gerente de compras da Trópicos, Marcelo Rigon, as redes privativas oferecem maior segurança, desempenho e flexibilidade, permitindo a criação de soluções personalizadas para cada cliente.
A atuação em diversas faixas de frequência é o que permite que a empresa se adapte às necessidades de cada projeto. O executivo afirmou que tem mais de 350 sites implantados e 1,5 milhões de hectares com cobertura.