Conforme antecipado por TELETIME, a Anatel e a Fundação Lemann firmaram um termo de cooperação para a troca de informações e desenvolvimento de estudos técnicos sobre a conectividade das escolas públicas brasileiras. O acordo foi assinado ainda na quinta-feira, 28, em Brasília, e prevê o compartilhamento de estudos e dados entre a agência, a instituição e uma "nova organização focada em projetos de conectividade de escolas associada à Fundação Lemann".
O termo envolve o diagnóstico sobre a conectividade nas escolas públicas, a priorização dos estabelecimentos conforme critérios socioeconômicos, o levantamento de soluções tecnológicas e a divulgação de um "plano de implementação de ações". O prazo do acordo é de 18 meses.
Também haverá a possibilidade de atuação em conjunto em projetos específicos que deem insumos para o planejamento de conectar todas as instituições públicas até 2024. A previsão é de início imediato dos trabalhos.
O acordo ocorreu horas depois de a Anatel ter apresentado resultados do mapeamento de conectividade do projeto de crowdsourcing com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e que também incluía o mapeamento de escolas como "pontos de máxima conectividade" dentro do planejamento. Segundo o presidente da agência, Leonardo Euler, em comunicado, há sinergia entre as duas iniciativas. Ele ressaltou "a importância de assegurar fundamentos sólidos para a conectividade escolar e a literacia digital nos estabelecimentos de ensino brasileiros".
Já a gerente de conectividade da Fundação Lemman, Cristieni Castilhos, destacou em comunicado separado a diversidade de iniciativas. "Precisamos de uma coordenação entre as diferentes políticas públicas que buscam levar tecnologia para as escolas. Ter bons dados e um diagnóstico preciso da conexão das escolas será o primeiro passo para garantir uma boa utilização dos recursos", declarou.
Pelo lado da Anatel, estiveram presentes na assinatura, além de Leonardo Euler, o conselheiro Emmanoel Campelo e o superintendente de planejamento e regulação, Nilo Pasquali. Já pela Lemman, além de Cristieni Castilhos, estavam também o diretor da Fundação, Weber Sutti, e o consultor Flavio Prol.