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Teles querem alugar fibra com modelo de companhia de torre

Com a pressão nos investimentos em cenário de crise, as operadoras buscam alternativas para otimizar os aportes, como o compartilhamento de infraestrutura ou a terceirização, com aluguel de ativos e serviços. As teles presentes em debate no último dia da Futurecom 2015 nesta quinta-feira, 29, foram unânimes em afirmar que as tecnologias mais avançadas, como fibra até a residência (FTTH) e LTE, demandam novos modelos de operação, como prestadoras especializadas em infraestrutura de rede.

“Toda a parte de backhaul e backbone não pode ser esquecida, porque aí temos que ter capacidade forte, rede viável também”, declara o diretor de redes e engenharia da Telefônica, José Pedro Barreiros do Nascimento. “Uma solução é o network sharing no campo de backbones e backhaul, que podem ser mais vantajosos. Hoje estamos fazendo muito swap com operadoras, é uma aproximação, mas podemos ir mais longe, uma tower company pode ser uma companhia de fibra, dando uma alternativa de investimento”, sugere.

O diretor de rede fixa e transporte da TIM, Cícero Olivieri, concorda, mas explica que o momento do mercado ainda mostra outro modelo de negócio. “Hoje você tem muitos fundos até interessados em construir fibra e alugar para operadora, mas ainda com perspectiva de oferecer banda”, disse ele a este noticiário. Ele reclama que, assim, a cobrança não segue de acordo com a receita das operadoras, mas por aumento do tráfego. “Com o modelo de tower company eu ocupo espaço por longo prazo, você vai me ceder fibras e eu vou colocar o que eu quiser em cima das fibras em uma visão que você está me oferecendo infraestrutura, e isso muda o modelo de negócios, com um payback muito maior”, declara. Ou seja: seriam contratos longos de 15 a 20 anos.

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Olivieri sugere que isso seja feito com um esforço conjunto entre operadoras e acredita que o governo poderia ajudar a coordenar essa tarefa. “O poder público, com programas como o Banda Larga Para Todos, pode consolidar o interesse de investimento de operadoras com visibilidade do fundo, porque com um só (operador) não viabiliza, então precisa de compartilhamento com mais de um tenant (inquilino) em sua infraestrutura”, explica. “Estamos no momento de evolução na parte de fibra para chegar ao modelo das empresas de torres.”

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