Pesquisa indica relação entre mobilidade e alternância de telas

A localização do usuário é cada vez menos determinante sobre o serviço digital que ele acessa. Esta é uma das descobertas de uma recente pesquisa internacional realizada pela Ericsson com 47 mil internautas em 23 países, incluindo o Brasil. As fronteiras entre trabalho e vida pessoal estão menos rígidas, por exemplo: 25% dos entrevistados acessam redes sociais do trabalho e 12% fazem compras on-line no escritório, enquanto 23% realizam tarefas de trabalho à noite em casa. E há uma relação direta entre quantidade de telas e quantidade de locais onde uma pessoa acessa determinado serviço digital: quanto mais lugares, mais comum a troca de telas (smartphone, tablet, PC).

No mundo, de acordo com a pesquisa, 52% dos internautas usam mais de uma tela. Esse grupo pode ser dividido da seguinte forma: 21% usam smartphone, tablet e PC; 30% usam smartphone e PC, mas não um tablet; e 1%, outras combinações. O percentual mais alto para o grupo que usa as três telas foi verificado no Reino Unido: 46%. No Brasil, são 18%. Para efeito de comparação, na Bolívia e na África do Sul, apenas 6% e 4% dos internautas, respectivamente, usam as três telas.

A pesquisa mediu o hábito de troca de tela de acordo com a atividade e com a quantidade de lugares onde ela é praticada – daí foi constatada a relação entre as duas variáveis. De maneira geral, quanto mais "móvel" for o usuário em uma atividade, mais comum é a troca de telas. Por exemplo: 44% daqueles que acessam redes sociais em três ou mais lugares costumam trocar de telas, enquanto o percentual cai para 26% entre aqueles que acessam de dois lugares e 21%, de um único lugar. Em navegação de Internet a diferença também é nítida: trocam de tela 44% daqueles que navegam em três ou mais lugares; 28%, em dois lugares; 26%, em um lugar. Quando a atividade é ouvir música, os percentuais são, respectivamente: 39%, 28% e 27%. Nas demais atividades, seguindo a mesma ordem, os resultados foram: ver vídeo (27%, 20% e 17%); compras on-line (28%, 24% e 16%). As únicas atividades que não confirmaram essa teoria foram troca de mensagens e realização de chamadas, nas quais é comum trocar de tela mesmo acessando o serviço de um único lugar.

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Outra constatação interessante: quanto em mais lugares diferentes se trabalha, maior a quantidade de serviços de armazenamento na nuvem utilizada. Por exemplo, entre aqueles que trabalham apenas em um lugar, 35% assinam um serviço de armazenamento e 39%, três ou mais serviços. Entre aqueles que trabalham em dois lugares, 30% assinam um serviço de armazenamento e 46%, três ou mais. Por fim, entre os respondentes que trabalham em três lugares diferentes, a proporção que assina apenas um serviço de armazenamento cai para 23% e a proporção dos que assinam três ou mais sobe para 59%.

Atividades por aparelho

A Ericsson mediu as quatro atividades mais comuns de acordo com o aparelho, levando em conta a proporção de respondentes que disseram realizá-las diariamente. No smartphone, as mais comuns são: troca de mensagens (88%), realização de chamadas (74%), navegar na Internet (64%) e acessar redes sociais (61%) – os percentuais se referem à proporção de pessoas que realizam essas atividades diariamente nesse tipo de aparelho. No tablet, as atividades mais populares são: navegar na Internet (55%), acessar redes sociais (44%), assistir a vídeos (39%); jogar games (31%). Por fim, em PCs: navegar na Internet (82%), acessar redes sociais (63%), compras on-line (54%), estudar ou trabalhar (51%).

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