A Telesp Celular Participações (TCP) se reuniu nesta terça, 29, com analistas do mercado financeiro para comentar os resultados financeiros do terceiro trimestre das suas duas operações. Durante o encontro, o presidente da TCP, Francisco Padinha, afirmou que mesmo sendo inevitável a perda de uma fatia do mercado com a entrada de um novo concorrente, a empresa vai priorizar a rentabilidade ao market share e a integração de todos os sistemas das operadoras da joint venture com a Telefônica para reduzir custos.
De acordo com o presidente da Telesp Celular, Gilson Rondinelli, a tele está confiante nos resultados da sua operação porque enquanto a Telesp Celular cobre 98% da população do Estado, a TIM está presente em apenas 33 localidades, o que faz da cobertura uma vantagem competitiva. Aliás, a cobertura será o mote de três filmes da próxima campanha publicitária da operadora que ainda não tem data para entrar no ar. Rondinelli afirma que a TIM só deve acirrar a competição a partir do ano que vem, mas ainda assim não acredita que a concorrente ataque com agressividade. ?Não esperamos um movimento irracional de um competidor que busca, como nós, a rentabilidade?, pondera. Segundo Padinha, da TCP, não existe qualquer intenção da empresa de adquirir licenças das sobras das bandas D e E ou adquirir faixas adicionais de operação. Os 25 MHz que possui a tele são suficientes para mais dez anos de operação, afirma Rondinelli. Ele diz que a orientação agora é aguardar para ver os rumos que serão tomados pelas outras teles do mercado nacional.
Para o analista de telecomunicações do Banco Pactual, André Gadelha, o balanço da TCP talvez seja o melhor resultado do terceiro trimestre entre as teles. A redução da dívida da empresa com o aporte de capital da Portugal Telecom de R$ 2,5 bilhões em setembro; o nível de eficiência operacional consistente e o foco em rentabilidade fazem com que os papéis da Telesp sejam a principal recomendação na opinião do analista do Pactual.
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