Idealizada pela Cisco em parceria com a plataforma de inovação Distro, a iniciativa Movimento CyberTech Brasil lançou nesta quinta-feira, 29, um hub digital para startups focado em cibersegurança. A ideia é fomentar um ecossistema diante da necessidade de atualização constante num cenário de transformação digital, inclusive por meio de compartilhamento de experiências e aprendizados.
Segundo a Cisco, o hub está sendo lançado "com o que existe de mais novo em termos de conhecimento, estudos, relatórios, mapas de ataques cibernéticos, além de incentivar um amplo e aberto debate sobre o tema". Por meio de um cadastro gratuito, é possível fazer parte de comunidade para encontros, discussões e compartilhamentos.
A companha anunciou também o Programa de Inovação Aberta Cybertech, que já abriu uma chamada para empreendedores e startups de segurança para projetos de soluções baseadas na plataforma nativa em nuvem Cisco SecureX, que viabiliza orquestração e integração da infraestrutura de segurança. O tema atual é de "Busca a Ameaças e Resposta a Incidentes" e as inscrições começam nesta quinta-feira, seguindo até 28 de outubro (clique aqui para acessar).
Na visão do diretor de digitalização da Cisco, Rodrigo Uchoa, a proposta também é de quebrar o paradigma de que segurança é algo que se deve ser encarado de forma monolítica e legada. "A gente vem aprendendo mais rapidamente, com ataques mais complexos, táticas inovadoras. Se a gente não inovar do lado de cá também, nós perdemos", declarou ele em coletiva de imprensa.
Mais exposição
O presidente da Cisco, Ricardo Mucci, também abordou o ponto de que a transformação digital e a migração para o cloud acabam levando a uma necessidade de maior proteção. "Quanto mais portas e janelas você abre, mais exposto você fica", afirma. Para o executivo, as inovações e facilidades trazidas compensam o aumento da exposição, mas reitera que é preciso pensar em segurança por design.
"Quando se olha o advento não só de cloud, mas da Internet das Coisas (IoT), temos uma parceria muito forte de inovação com o Senai para cibersegurança para a Indústria 4.0, para o chão de fábrica", coloca Mucci. "Se tem uma externalização de IoT e não faz a devida gestão de segurança, imagina o problema de segurança pública se for para utilities", complementa o executivo.