Dona da Claro, a mexicana América Móvil anunciou que vai combinar a operação no Chile (a Claro Chile) com a operadora VTR, da Liberty Latin America. A joint venture resultante terá 50% reservados para cada lado.
A VTR soma cerca de 3 milhões de clientes entre banda larga fixa e TV por assinatura, ao passo que a Claro Chile concentra 6,5 milhões de acessos de telefonia móvel. A união deve criar um grupo com maior escala, diversificação de produtos e estrutura de capital que permitirá "investimento significativo" em fibra óptica e 5G.
Até 2025, a nova joint-venture pretende ter 6 milhões de casas passadas (HPs) com fibra óptica. Também são estimadas sinergias de US$ 180 milhões com a transação, sendo 80% nos três primeiros anos após o fechamento. O negócio não envolve as torres da América Móvil no Chile.
A expectativa é fechar a transação no segundo semestre de 2022, dependendo de aprovações regulatória e dos acionistas dos dois lados. Como a Claro Chile tem ativos DTH que não poderiam ser utilizados pela VTR sob o arcabouço legal chileno, medidas complementares podem ser necessárias.
A liderança executiva da nova empresa ainda não foi definida, mas o conselho de administração terá número igual de cadeiras para as duas sócias e uma presidência rotativa, segundo comunicado. Também está previsto que a Liberty contribuirá com US$ 1,5 bilhão em dívida líquida à joint-venture (frente US$ 400 milhões da América Móvil), além de pagamento de cerca de US$ 100 milhões à parceira.
Este não é o primeiro negócio entre a dupla na região. Ainda neste mês de setembro, as operações da América Móvil no Panamá tiveram venda anunciada à Liberty Latin America por US$ 200 milhões.