Os usuários de smartphones querem ter mais informações e controle sobre quando e quais de seus dados pessoais de localização e navegação são compartilhados com terceiros. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa realizada pela GSM Association (GSMA) com 4,12 mil pessoas no Reino Unido, Espanha e Cingapura. Ou seja, em uma época em que empresas de mobile advertising se entusiasmam com a possibilidade de enviar anúncios segmentados, levando em conta histórico de navegação das pessoas e até mesmo a localização delas, é preciso tomar cuidado para não irritar os consumidores.
Do total de entrevistados, 89% disseram considerar importante ter a opção de dar ou não a permissão para uso, por terceiros, de suas informações pessoais coletadas a partir de seus telefones móveis. 84% gostariam de poder escolher se querem ou não receber, em seus celulares, propaganda direcionada a partir de seu histórico de navegação e ter o direito de ligar ou desligar isso a qualquer momento. 79% disseram o mesmo no que diz respeito a propaganda enviada com base em sua localização.
A GSMA mediu a aceitação do público para algumas possíveis soluções para o problema. A mais bem aprovada, que agradou a 52% dos entrevistados, foi a ideia de adotar um ícone de privacidade em websites e aplicativos informando como seus dados pessoais serão usados.
Operadoras
A pesquisa também perguntou quem os consumidores responsabilizariam caso julgassem que os dados de seus telefones celulares foram invadidos. A figura da operadora móvel veio em primeiro lugar (69%); depois, o desenvolvedor do aplicativo (48%); a loja de aplicativos (45%); o próprio usuário (38%); a agência reguladora (35%); o fabricante do aparelho (25%); e o governo (22%). Era permitido apontar mais de um culpado.
É interessante notar que mesmo no atual cenário em que as teles perdem gradativamente sua importância na experiência do usuário com seus telefones móveis, que é cada dia mais controlada pelos sistemas operacionais e pelos fabricantes de terminais, as operadoras ainda correm o risco de levar a culpa se os dados pessoais do consumidor forem roubados.