Personalização remota é próximo passo em MDM, aponta Gemalto

Na gradual evolução dos sistemas de gerenciamento de handsets (MDM, na sigla em inglês), o próximo passo será a personalização automática e remota dos celulares. Além de detectar, identificar e configurar os celulares através da rede (over the air, ou OTA), as operadoras poderão também oferecer automaticamente aplicações ligadas à personalização do terminal. A previsão é de John Ainsworth, executivo internacional da Gemalto que participou nesta terça-feira, 29, do evento MDM Latin America, realizado no Rio de Janeiro. "Um exemplo seria oferecer a configuração automática do email pessoal do usuário assim que ele ligasse o celular pela primeira vez na rede", citou o executivo. Obviamente, um serviço como esse só seria oferecido para os assinantes com telefones habilitados para recebimento de email. Tal identificação requer uma plataforma MDM.
Mas não basta que a operadora possua um sistema MDM. Para serviços de personalização, é necessário também que o telefone do usuário suporte o padrão internacional de gerenciamento de terminais OMA DM. Esse padrão permite a comunicação bidirecional entre servidor e celular usando protocolo IP. Boa parte dos smartphones disponível no mercado mundial já utiliza OMA DM. A maioria da base de terminais, contudo, ainda atua com o padrão anterior, chamado OMA CP, que é unidirecional e usa a rede de sinalização SS7 para a comunicação. Calcula-se que entre 10% e 15% da base de celulares do Brasil já usam OMA DM.
O executivo lembrou que antigamente as operadoras eram reativas no que concerne à configuração dos terminais, agindo apenas quando o usuário identificava um problema e ligava para o call center reclamando. Hoje, com a adoção de plataformas MDM, as teles conseguem detectar todo novo terminal que acessa sua rede. Os aparelhos são identificados a partir de seu TAC (número que integra o IMEI) e em seguida podem ser configurados remotamente para o acesso a serviços básicos da operadora, como SMS, WAP e MMS. O modelo atual é chamado de configuração automática de terminais (ADC, na sigla em inglês). Ainsworth prevê a uma migração para um modelo de personalização automática de terminais (ADP).

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M2M
Durante o evento foi discutido também um problema relacionado aos módulos de comunicação entre máquinas (M2M). A maioria deles não está habilitada para operar em OMA CP nem OMA DM, o que impede a sua configuração remota pelas plataformas disponíveis no mercado. "É preciso lembrar que os módulos têm um ciclo de vida mais longo que aquele dos telefones móveis. Pode ser muito caro mandar equipes a campo para reconfigurá-los ou trocá-los. O ideal é fazer ajustes via OTA, através de uma plataforma MDM", explica Magnus Lengdell, diretor de gerenciamento de produtos de MDM da SmartTrust. O assunto precisa ser discutido entre fabricantes, operadoras, desenvolvedores e grandes usuários corporativos de módulos.

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