Em fato relevante divulgado nesta quinta-feira, 28, a Oi informou ao mercado que Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, o aumento de capital previsto pela operadora no seu plano de recuperação judicial e a entrada de credores na condição de acionistas.
Os principais grupos são representados pelas gestoras Pimco, SC Lowy e a Ashmore. A operação é decorrente da emissão de 264 milhões de novas ações ordinárias da companhia, no âmbito do aumento de capital aprovado em 21 de agosto. O montante previsto para a operação é de R$ 1,3 bilhão, a ser subscrito por credores que devem ficar com até 80% do capital social da tele.
Segundo a Oi, o sinal verde do Cade se tornará definitivo no prazo de 15 dias corridos a partir da publicação no Diário Oficial da União (o que ocorreu nesta quinta-feira), caso o Tribunal Administrativo do órgão regulador não seja provocado a rever a decisão. O movimento também depende da aprovação da Anatel.
"O Aumento de Capital endereça um dos principais objetivos do Plano na medida em que auxilia a promover o fortalecimento da estrutura de capital da Companhia, contribuindo para a equalização de seu passivo e superação da atual crise econômico-financeira do Grupo Oi", disse a Oi, em comunicado na última semana.
Neste mês de agosto, aqueles credores que aceitaram a opção I de reestruturação de dívidas com a Oi subscreveram US$ 601,0 milhões para aporte de novos recursos na empresa; em paralelo, foram reestruturados R$ 6,75 bilhões em dívidas da operadora com o grupo, a partir da emissão de novos títulos. São esses os credores que têm direito à participação na empresa, a partir do aumento de capital.
