A Anatel realizou reunião nesta quinta, 29, com representantes do conselho e da diretoria da Oi. Todos os conselheiros da agência participaram, além de técnicos e representantes do MCTIC. Oficialmente, a agência informou que a reunião foi parte do processo de acompanhamento da operadora. Este noticiário apurou que na reunião, convocada pelo conselheiro Vicente Aquino (que relata o processo de acompanhamento econômico da empresa), a Oi apenas detalhou seu plano estratégico da Anatel, o mesmo que já havia sido apresentado ao mercado em julho. Mais uma vez, a apresentação do plano coube ao integrante do conselho e coordenador do comitê de transformação, infraestrutura e investimentos da Oi, Rodrigo Abreu.
Ainda não há no horizonte sinais de nenhuma medida mais drástica nem alternativas para além do que está no plano e que já era conhecido publicamente. Há ainda a confiança na agência de que a Oi tem uma certa margem para voltar a ganhar fôlego se conseguir se desfazer de ativos não estratégicos, como torres e operação em Angola. Já a venda da operação móvel é mais complicada por questões regulatórias e porque é uma operação muito integrada, operacionalmente, à fixa, com compartilhamento inclusive de sistemas e partes da rede. Já o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações deve criar, em breve, um grupo de acompanhamento de crise específico para monitorar de perto a situação da Oi, mas ainda sem nenhum indicativo de ação. Ao longo do dia, os papeis da empresa tiveram forte alta e fecharam com valorização de 19,5% (OIBR3) e 10,95% (OIBR4) puxados pela expectativa da reunião.
Desde a privatização e uma LGT que já nasceu velha, a Oi era uma empresa que tinha tudo para dar errado. Depois, vieram a alteração do PGO, o PGMU 2,5, diversas operações entre partes relacionadas, a compra da Portugal Telecom… um amplo conjunto de absurdos, diante do silêncio da Anatel e do CADE. E não é que a Oi acabou dando errado mesmo? Não é incrível? Que coincidência!!!