Operadoras investiram R$ 10 bilhões apenas no primeiro semestre de 2012

Os esforços das operadoras de telecomunicações para a expansão de redes, ampliação da cobertura e melhoria da qualidade de serviços fizeram com que as empresas desembolsassem nada menos do que R$ 10 bilhões em investimentos apenas no primeiro semestre do ano. Segundo dados divulgados nesta quarta, 29, pelo SindiTelebrasil, o valor é 11% superior ao acumulado entre janeiro e junho de 2011. Durante todo o ano passado, os aportes somaram R$ 22 bilhões, o que representou, de acordo com a entidade, o segundo maior volume anual de investimentos da história das telecomunicações.

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Para chegar ao final de junho último com um total de 333 milhões de acessos de telecomunicações no mercado brasileiro, incluindo telefonia fixa, móvel, banda larga e TV por assinatura, o SindiTelebrasil calcula em R$ 260 bilhões o total investido pelas prestadoras desde a privatização do setor, em 1998.

Para a entidade, mesmo em um cenário internacional de crise econômica, o setor de telecomunicações vem conseguido contribuir efetivamente para o desenvolvimento do Brasil e afirma em nota que é de "extrema importância a definição de políticas públicas que incentivem a manutenção desse fluxo de investimentos e que estimulem a superação anual do volume de aportes realizados pelas prestadoras de telecomunicações".

Isso porque enquanto aguarda a sanção presidencial do PLV 18/2012 (antiga MP 563), que entre outras coisas cria o regime especial de tributação para a construção de redes de telecomunicações, concede isenção tributária à produção de equipamentos de banda larga rural, tira o Fistel de equipamentos M2M, permite a troca de Fistel por projetos estratégicos e desonera a produção de smartphones, o setor deve desacelerar a compra de nova infraestrutura.

A Associação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica (Abinee), por exemplo, estima que o faturamento do indústria de equipamentos de telecomunicações tenha crescido 30% no primeiro semestre de 2012 em relação a igual período do ano passado. Mas a estimativa do diretor da área de telecom da associação, Luciano Cardim, é de fechar o ano com um aumento de  18% se comparado ao ano passado, indicando uma previsão de desaceleração nas compras.

O diretor de política industrial do Ministério das Comunicações, Luciano Gontijo, admite que se as medidas já estivessem implementadas o setor poderia ter investido bem mais que os R$ 10 bilhões do primeiro semestre. A estimativa é de que as medidas comecem a ser implementadas em outubro e gerem uma antecipação de investimentos de R$ 18 bilhões, com mais de R$ 3 bilhões em desoneração fiscal.

Gontijo e Cardim participaram de workshop realizado durante o Painel TELEBRASIL na manhã desta quarta, 29, em Brasília, juntamente com demais representantes do setor para discutir a política de inovação e o desenvolvimento industrial.

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