Com provável subnotificação, base de celulares cai em junho

Foto: Pexels

O mercado brasileiro de serviço móvel encerrou o semestre em queda, que seria a primeira desde o mesmo mês de junho em 2020. Foram 1,431 milhões de desconexões no período (retração de 0,59%), somando 242,469 milhões de acessos, segundo dados da Anatel divulgados no painel de acessos do site da reguladora.

Porém, o resultado pode ter uma explicação técnica. O grupo de prestadoras de pequeno porte (PPPs) caiu mais do que pela metade no mês em relação a maio, saindo de 4,869 milhões de acessos para 2,055 milhões. 

Dado a frequente subnotificação dessas empresas na banda larga fixa, é possível presumir que isso também tenha ocorrido no serviço móvel. Desta forma, ainda não é possível afirmar que esse desempenho do mercado como um todo foi real ou apenas fruto de subnotificação. 

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Contando com os números atuais, houve redução até no pós-pago, de 1,189 milhão de linhas (0,94% de recuo), totalizando 125,604 milhões de contratos. O pré-pago encerrou o semestre com uma redução de 242,3 mil linhas (0,21% de recuo), totalizando 116,864 milhões de chips. 

Tecnologia

O 3G apresentou nova queda, de 2,08%, agora somando 30,360 milhões de acessos. O 2G aumentou em 0,18% a base, provavelmente com a contagem de acessos máquina-a-máquina (M2M), totalizando assim 26,900 milhões de linhas. 

A tecnologia 4G aumentou ainda mais a dominância no mercado, passando a corresponder 76,38% do total de acessos ativos no Brasil, ou 185,208 milhões de chips. Porém, mostrou queda pela primeira vez desde abril de 2020. Foram 836 mil desconexões, uma redução de 0,45%.

Grupos

No recorte de grupos na tecnologia 4G, há uma redução de 71,04% na quantidade de acessos dos pequenos provedores em junho, ou 2,619 milhões de desconexões e um total de 1,068 milhão de acessos no total. Em maio, esse mesmo grupo apresentava crescimento (de 3,15%).

Fora isso, a Oi novamente apresentou crescimento mais expressivo no 4G, mesmo que a operação móvel tenha sido vendida para as concorrentes Claro, TIM e Vivo (a transação ainda aguarda aprovações). A companhia cresceu 2,21% no mês, totalizando 29,992 milhões de chips. 

A Claro foi outra operadora que cresceu mais do que as demais no LTE, com 1,06%, totalizando 50,390 milhões de acessos. A líder, contudo, continua sendo a líder de mercado, com 59,400 milhões de linhas (aumento de 0,77%). A TIM foi a que menos cresceu (0,36%), encerrando junho com 44,357 milhões de chips.

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