O mercado mundial de comunicação máquina-a-máquina (M2M) pode não estar tão saudável no momento, mas deverá crescer em média 26% ao ano, chegando a 450 milhões de conexões em 2018, de acordo com a pesquisa realizada pela ABI Research e divulgada nesta segunda-feira, 29. A melhoria é esperada após o baixo desempenho do setor na Europa nos últimos dois anos, mas há um desafio grande ainda: a queda da receita média por usuário (ARPU).
Segundo a empresa, a competição do mercado M2M em alguns países acabou derrubando o ARPU dramaticamente entre 2011 e 2012. Outro problema foi a migração mais lenta do que o esperado da tecnologia GSM para o 3G e 4G, que oferecem "margens muito melhores de megabit por tráfego". A culpa, de acordo com a ABI, foi da demanda por tráfego e por aplicação que ainda não exigiu maior capacidade de rede. Outra razão apontada é o preço de equipamentos: módulos 3G e 4G seriam de duas a seis vezes mais caros. Dessa forma, o mercado atual lida com 70% das conexões M2M ainda utilizando a tecnologia 2G.
De qualquer forma, a ABI sugere que as receitas estão mais nos serviços agregados do que nas conexões em si. De acordo com a empresa, as operadoras deveriam investir em aplicações, integração de sistemas, big data e ferramentas de análises para crescer agressivamente no setor.