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Neutralidade de redes é defendida, mas com ressalvas

Durante debate do Seminário TELETIME Broadband, realizado nesta quarta-feira, 29, um dos pontos de consenso foi sobre a importância da neutralidade das redes de telecomunicações no fornecimento de Internet. Mas isso não significa reconhecer que há problemas.
Recentes pesquisas apontam que nos Estados Unidos o volume de dados gerado somente pelo NetFlix supera os 50% do tráfego das redes das operadoras de cabo em horários de pico. A média per capita mensal de seus usuários é de 11 horas. Outra operação over-the-top(OTT), como o YouTube, alcança um pico de 30% do volume de dados nessas redes, com 140 milhões de usuários únicos por mês e média mensal de 2 horas e 23 minutos, por usuário.
Mesmo diante desses números, Gil Torquato, presidente do UOL/Diveo, acredita que isso não deve servir de pretexto contra a neutralidade. “Se o negócio delas é telecom, que se preparem para o tráfego de dados”, resume.

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O procurador da Anatel, Marcelo Bechara, também defende a neutralidade de redes, porém lembra que as operadoras e provedores de conteúdo estão livres para alinhavar acordos comerciais. “Nenhuma barreira pode ser colocada à neutralidade, porém não há nenhum impedimento de parceria entre os dois. O tratamento (de utilização da rede) tem de ser isonômico; mas nada impede, do ponto de vista publicitário, um acordo entre provedores e teles. Existe até oferta de teles remunerando provedores”, acrescenta.
O executivo do UOL/Diveo mantém uma postura contrária à participação das teles no negócio dos provedores de conteúdo. “Cada um no seu quadrado. Penalizar a empresa (de conteúdo) por estar conseguindo um bom tráfego não faz sentido. Quem vai navegar muito é o usuário. Aumente, então, o preço final do consumidor”, acrescenta.
O diretor-geral do Terra, Paulo Castro, defende a neutralidade de rede, mas vê possibilidades de ajustes na relação com as teles. “Acho que a neutralidade de rede é uma virtude que deve ser preservada. Por outro lado, existe espaço para ofertas diferenciadas de qualidade de serviço quando isso fizer sentido”, finaliza. O Portal Terra, vale lembrar, é controlado pela Telefônica.

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