Fabricantes automotivos não querem faixa de 5,9 GHz para comunicação entre carros

Uma das apostas do conceito de conexão em automóveis é a criação de uma rede Mesh que permita a comunicação entre os carros sem utilizar a infraestrutura da rede de serviço móvel pessoal, mas isso não tem agradado a todos. A aliança de fabricantes automotivos e a associação global de fabricantes de veículos, que representam grandes marcas do setor, enviaram um documento à FCC (órgão regulador do mercado de telecomunicações norte-americano) criticando a proposta de permitir o compartilhamento de espectro não-licenciado sem testes para garantir a segurança.

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Em comunicado emitido nesta quarta-feira, 29, as entidades representantes do setor afirmaram que o projeto da FCC de dedicar a faixa de 5,9 GHz para comunicação veículo-a-veículo (V2V) e veículo-a-infraestrutura (V2I) "poderia causar interferência lesiva e afetar a integridade destas comunicações críticas de segurança entre carros, caminhões e outros usuários e equipamentos, como semáforos". A justificativa é que mesmo um delay mínimo de milésimos de segundo poderia influenciar na segurança no tráfego.

As entidades ressaltam que, apesar de apoiarem a exploração do compartilhamento de espectro, é preciso atentar ao fato de que a premissa do projeto V2V e V2I é a de evitar batidas. Segundo estudo da administração de rodovias dos Estados Unidos, a tecnologia máquina-a-máquina (M2M) embarcada em veículos poderia ajudar em cerca de 80% dos casos de acidentes. Mas os representantes da indústria automotiva reclamam que a questão da latência é crucial, alegando que a frequência de 5,9 GHz poderia ficar congestionada. As associações se comprometeram a trabalhar em conjunto com a FCC em pesquisas e desenvolvimento dessas tecnologias.

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