Brasil Telecom reposiciona divisão internet

Depois da consolidação das operações de internet ? iG, BrTurbo e iBest ? em uma única diretoria no final do ano passado, a Brasil Telecom (BrT) parte para o fortalecimento das marcas com a meta de sair do 3º lugar em receita para o 1º até o final de 2007. A estratégia começa com uma campanha publicitária para anunciar novos serviços e parcerias do iG. Depois será a vez das operações BrTurbo e iBest. Para gerenciar a divisão, a empresa anunciou a nomeação de Caio Túlio Costa, ex-grupo Folha e UOL, como CEO da BrT Internet. Costa trabalha há três meses em conjunto com o Boston Consulting Group na estratégia de reposicionamento dos provedores. Hoje, o BrTurbo conta com 3,5 milhões de usuários ativos, tendo a 2ª maior base de banda larga, com 795 mil usuários.
O presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knopfelmacher, destaca que a idéia é rentabilizar a operação de internet com publicidade e o oferecimento de conteúdos pagos. ?Teremos diversos diferenciais em novos serviços e conteúdo?, diz o executivo, sem revelar o valor dos investimentos. ?Hoje, na internet brasileira, a publicidade representa apenas 1,5% da receita, enquanto nos EUA é de 4%. A meta é chegar próximo a esse valor em três a quatro anos?, diz Ury Rabinovitz, diretor de desenvolvimento de negócios da Brasil Telecom.
Segundo Knopfelmacher, a empresa analisa a transformação das três operações em um único CNPJ para facilitar a questão tributária, dar mais autonomia à divisão e agilidade no lançamento de novos serviços. ?A idéia não é fazer nenhum spin off?, acrescenta Knopfelmacher. ?A operação de internet gera acesso de usuário discado, oportunidades de serviços com clientes de banda larga, como IPTV, por exemplo, e fidelização?, completa.

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Os investimentos na operação estavam previstos no orçamento. O presidente destaca que a empresa está em uma boa situação de caixa, com Ebitda de 34% no último trimestre e previsão de ampliar esse patamar. O executivo está confiante no sucesso da emissão de debêntures para rolagem da dívida da empresa que teve redução de custos de 12% com corte de pessoal e economia com fornecedores: até novembro deste ano, 80% dos contratos que totalizam R$ 5,3 bilhões já estarão renegociados, diz Knopfelmacher.
As três operações de internet contam com 300 funcionários baseados em São Paulo. No caso específico do iG, a atual diretoria da BrT entrou no ano passado e no início deste ano com duas representações na CVM contra o valor inflado pago pela administração anterior (que chegou a US$ 100,7 milhões) para a aquisição do provedor há dois anos.

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