Dados da Anatel publicados nesta quarta-feira, 29, mostram que o Brasil terminou o mês de março com 32,7 milhões de linhas ativas do serviço de telefonia fixa. Comparando com o mês anterior, a quantidade é menor em 0,5%. Já comparando com março de 2019, a diferença é de 10,8% a menos.
O terceiro mês de 2020 teve uma média nacional da densidade de acessos de 46,9 a cada 100 domicílios. A região Sudeste é onde existe a maior quantidade de linhas, com 19,9 milhões e também a maior densidade: a média é de 66 acessos de telefone fixo a cada 100 domicílios. As menores densidades vêm da região Norte, que conta com 19,4 acessos a cada 100 domicílios e da Nordeste, que conta com 19,5.
Tipos de outorga
As operadoras que detém concessão do serviço de telefonia fixa ainda lideram a quantidade de linhas. No mês de março existiam 17,4 milhões de acessos ao serviço ofertados pelas operadoras concessionárias. Já as teles que detém autorização para comercializar o serviço somavam um pouco menos, 15,2 milhões, no mesmo mês.
Por outro lado, as operadoras autorizadas vinham em um crescimento razoável desde 2007, com uma ligeira queda a partir de 2016. A série histórica das teles concessionárias, no mesmo período, mostra um declínio contínuo, chegando em março de 2019 a 50% do número de acessos que tinham em 2007.
Internet Fixa x Telefone Fixo
Em março de 2020, o Brasil contava com 32,9 milhões de contratos de Internet fixa contra 32,6 milhões do serviço telefônico. Segundo o painel de dados da Anatel, a ultrapassagem ocorreu ainda em fevereiro, mas não foi identificada na época por conta de subnotificações no número de contratos de Internet. Após uma atualização das informações, o total de acessos do serviço no segundo mês do ano foi revisto para 33,1 milhões (ante 32,6 milhões informados inicialmente); já a telefonia fixa somava 32,803 milhões de acessos.
De modo geral, a maioria dos acessos de internet fixa se deu pela tecnologia de fibra ótica, com um crescimento de 2,3% no terceiro mês deste ano em todo País, para 11,3 milhões. Em um ano, o avanço chega a 70,4%. Após deixar de ser a principal tecnologia de acesso à Internet fixa do Brasil, a tecnologia xDSL foi ultrapassada em março também pelo cabo coaxial: foram 9,639 milhões deste contra 9,4 milhões do xDSL no terceiro mês do ano (em variações mensais de 0,1% e -3%). Já 2,07 milhões de acessão são habilitados por rádio (queda de 5,8%).