Assim como a Claro Brasil, o grupo mexicano que a controla, a América Móvil, também destacou que a pandemia do coronavírus (covid-19) teve impacto limitado no balanço trimestral. A companhia obteve aumento na receita, mas apresentou prejuízo por conta da forte desvalorização cambial.
As receitas totais avançaram 1,8%, totalizando 250,102 bilhões de pesos mexicanos (US$ 10,37 bilhões). Segundo a AMX, houve impacto do desempenho de México, Brasil e Colômbia, que teriam apresentado maior crescimento na receita dos últimos quatro trimestres.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) cresceu 2,9% e encerrou o trimestre com 77,627 bilhões de pesos (US$ 3,22 bilhões). A margem, por sua vez, aumentou 0,3 ponto percentual, ficando em 31%.
Porém, a companhia converteu o lucro líquido de 2019 em prejuízo no começo de 2020. Foram 29,381 bilhões de pesos (US$ 1,22 bilhão) em prejuízo. A controladora da Claro diz que isso foi resultado de grande depreciação do peso mexicano frente ao dólar e ao euro.
A América Móvil diz que os primeiros impactos da covid-19 apareceram ainda no primeiro trimestre, mas destaca que a crise foi se agravando. "Nas últimas semanas, a quarentena completa ou parcial em vários países tem resultado em um grande colapso da atividade econômica e rápido avanço dos níveis de desemprego", declara. A companhia também destaca que isso causou impacto direto na variação cambial, sobretudo com a desvalorização do real no Brasil (29% em relação a dezembro de 2019), do peso no México (25%) e do peso na Colômbia (24%).