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Em 2013, quase um quarto dos brasileiros não possuía celular

Apesar dos números de acessos divulgados pela Anatel com base em dados das operadoras mostrarem uma alta penetração no Brasil, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), afirma que em 2013, quase um quarto da população brasileira ainda não tinha telefone celular, ou 42,957 milhões de pessoas. Segundo o IBGE nesta quarta-feira, 29, na época havia 24,8% da população acima dos 10 anos que ainda não contava com uma linha móvel, embora o percentual de acesso tenha avançado 131,4% desde 2005 e em 2013 já fosse bem superior a 100% de acessos por 100 habinates. A explicação para a discrepância é o fato de que muitas pessoas têm mais de um chip de diferentes operadoras, que podem estar inativos ou compartilhados em uma mesma família.

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Segundo a pesquisa do IBGE, 50,9% das pessoas sem telefone móvel eram de baixo rendimento (renda de até um quarto do salário mínimo), 60,2% eram de baixa escolaridade (sem instrução ou com menos de um ano de estudo) e 48,9% eram trabalhadores agrícolas.

Na estimativa do Pnad referente a 2013, entre pessoas com 10 anos ou mais de idade, 130,2 milhões tinham um celular, o que corresponde a 75,2% da população. Em 2008, a quantidade de usuários era de 43 milhões, o que representa um aumento de 49,4%. Em relação a 2005, o aumento foi de mais do que o dobro (131,4%, ou 73,9 milhões de adições líquidas).

Para efeito de comparação, em dezembro de 2013, segundo dados da Anatel, havia no Brasil 271,1 milhões de acessos. Excluindo acessos M2M e de terminais de dados, o total era de 255,7 milhões de conexões, considerando todas as tecnologias em funcionamento na época (2G, 3G e o início do LTE). A pesquisa do IBGE não pega esses númertos pois não questiona a quantidade de chips por usuário.

Características

Segundo o instituto, em 2013 o celular era mais popular entre as mulheres (75,9% de penetração) do que entre os homens (74,4%). No Sul e no Sudeste do País, no entanto, a proporção entre homens foi maior: 79,8% e 80,2%, respectivamente; contra 79,2% e 79,3% entre as mulheres. A faixa etária com maior proporção era entre pessoas de idade de 25 a 29 anos, com 87,3%. A menor era entre idosos de 60 anos ou mais, com 51,6%.

A pesquisa mostra ainda que a proporção de posse de celular aumentou entre as pessoas economicamente ativas: em 2005, a penetração era de 43,8%, e em 2013 passou a 84,6%. Mesmo entre as economicamente inativas, o percentual saiu de 24,3% para 61,2%. Novamente, as mulheres eram as que mais detêm celulares (87,3%) dentre as pessoas economicamente ativas. Entre os homens economicamente ativos,  82,6% possuíam o aparelho.

Como era de se imaginar, a posse de telefone móvel aumenta conforme a renda. Enquanto 49,1% das pessoas sem rendimento ou com renda de até um quarto do salário mínimo tinham celular em 2013, o percentual para as pessoas com rendimento domiciliar acima de dez salários mínimos sobe para 95,7%.

A região que mostrou maior penetração foi a Centro-Oeste, com 83,8%, seguida de Sul (79,8%) e Sudeste (79,5%). As regiões Norte e Nordeste aumentaram a penetração em relação a 2005, mas ainda eram as que possuíam menor índice em 2013: 66,7% e 66,1%, respectivamente. O Distrito Federal mostrou o maior índice entre as unidades da federação, com 89,4%, seguido de Mato Grosso do Sul (83,5%) e Goiás (83,4%). Os menores percentuais foram no Maranhão (52,3%) e Piauí (62,6%). Vale destacar que o Estado com maior crescimento na comparação entre 2005 e 2013 foi o Tocantins, que saiu de 27% para 74,6%.

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