Berzoini confirma preferência por interatividade plena na caixinha para o Bolsa Família

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, confirmou nesta quarta-feira,29 , o que já havia informado aos radiodifusores e às empresas de telecomunicações (e este noticiário havia antecipado): os conversores que serão distribuídos com os beneficiários do Bolsa Família terão interatividade completa – incluindo Ginga C e canal de retorno. "Com esse conversor, o brasileiro terá acesso aos serviços públicos e privados, será capaz de fazer transações bancárias ou solicitar sua aposentadoria usando apenas o controle remoto da TV", disse.

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Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o ministro deixou claro também que o acesso à TV digital deve atender quase 100% da população brasileira antes do desligamento final do sinal analógico. "A meta estabelecida é de que 93% dos domicílios com acesso à TV aberta estejam aptos a receber o sinal digital. É muita gente, mas os 7% que sobram também representam muitos brasileiros. Então, nossa meta é trabalhar para que o máximo de pessoas seja atendido", afirmou.

Segundo Berzoini, esse trabalho pode ter um reforço com as sobras dos conversores que serão adquiridos pelas teles para os beneficiários do Bolsa Família. Na avaliação delas, das 14 milhões de famílias, pelo menos dois milhões já devem ter acesso ao sinal digital, seja por já disporem de conversores, seja por terem comprado um novo aparelho de TV que já vem com acesso à tecnologia.

O ministro disse que, caso os esforços que estão sendo depreendidos para levar o sinal digital ao maior número de brasileiros não sejam suficientes até 2018, poderá alterar o cronograma de desligamento do sinal analógico. "Isso não é o desejável, mas não está descartado", disse.

Sobre o acesso à Internet, Berzoini afirmou que a meta do governo é levar o acesso em alta velocidade (25 Mbps) a 95% da população até 2018 e garantir conexões de 50 Mbps e 100 Mbps para as escolas públicas. O ministro disse que ainda não foi fechado o programa Banda Larga para Todos, que garantirá os investimentos necessários para massificar a banda larga. E confirmou que usará mecanismos de mercado para atrair investimentos privados, como o uso de créditos tributários.

Segundo ele, o programa Banda Larga nas Escolas, mantido pelas concessionárias, assegura acessos suficientes apenas para o trabalho administrativo das unidades, sem capacidade para suportar as atividades pedagógicas dos estabelecimentos.

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