Mesmo com crise, receita de telecom cresce em 2009

A crise econômica mundial não afetou o setor de telecomunicações brasileiro no ano de 2009. Estudo divulgado nesta quinta-feira, 29, pela Telebrasil sobre o desempenho do setor revelou que todos os segmentos das telecomunicações se expandiram no ano passado, promovendo inclusive um aumento de R$ 1,5 bilhão na receita bruta das empresas no período. Com isso, o setor de telecomunicações atingiu um faturamento bruto recorde de R$ 179,9 bilhões em 2009, o que representa nada menos do que 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no período. Isso envolve a receita das operadoras e fornecedores.
O fôlego do setor também está registrado no contínuo crescimento do número de consumidores em todos os segmentos de serviços de telecomunicações. O número de terminais fixos em funcionamento manteve o ritmo de crescimento, apesar de suave, retomado em 2007. No ano passado, a telefonia fixa fechou com 41,7 milhões de assinantes, contra 41,1 milhões em 2008, com destaque para o crescimento das autorizadas, já que as concessionárias perderam base.
Os segmentos de TV por assinatura e de banda larga também continuam em trajetória ascendente, concluindo o ano com 7,5 milhões e 11,4 milhões de assinantes respectivamente, nas contas da Telebrasil. No ano anterior, a TV paga possuía 6,3 milhões de assinantes e a oferta de banda larga chegava a 10 milhões de brasileiros. A TV por assinatura foi o setor mais cresceu percentualmente, diz a Telebrasil.

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A análise da Telebrasil estima que ainda neste ano a oferta de banda larga poderá ganhar mais 4 milhões de usuários.
Mas o grande destaque continua sendo a telefonia móvel, que concluiu 2009 com 174 milhões de assinantes. Em 2008, eram 150,6 milhões de clientes. Um dos pontos estratégicos para a manutenção do forte crescimento na área de telefonia móvel é a oferta de banda larga.
Atualmente, o número de modems 3G em funcionamento está na casa de 3,2 milhões. Isso sem contar a existência de 8,7 milhões de terminais (aparelhos celulares 3G) com capacidade de recebimento de pacotes de dados em funcionamento. Neste último número, no entanto, não há um levantamento de quantos clientes realmente possuem serviços de dados ativos.
Investimentos em baixa
O único item da planilha de desempenho das telecomunicações em 2009 que pode ter sido afetado pela crise financeira mundial iniciada no ano anterior é o investimento das empresas. O total de recursos aportados pelas teles no ano passado caiu de R$ 18,9 bilhões (2008) para R$ 17 bilhões. Os maiores investimentos foram para a telefonia móvel, de R$ 8,5 bilhões, seguida pela telefonia fixa, que recebeu aportes de R$ 7,4 bilhões no ano passado.
O presidente da Telebrasil, Antônio Carlos Valente, não divulgou as projeções de investimentos do setor para este ano, mas assegurou que a expansão da Internet no Brasil será o alvo das teles. "A banda larga é prioridade absoluta para o setor", afirmou.

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