O presidente da Associação Nacional de Investidores do Mercado de Capitais (Animec), Waldir Corrêa, informou, por escrito, que já agendou uma reunião para a semana que vem com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para analisar o recente acordo firmado entre Telecom Italia e Opportunity no âmbito da Brasil Telecom. "Vemos com muita preocupação a participação de várias fundações com parcelas significantes que, com os minoritários, podem ser prejudicadas", comentou Corrêa. Ele classificou o assunto como "complexo" e disse que a Animec está sendo bastante questionada sobre a aplicação ou não do tag along. "Alguns analistas de bancos e de corretoras já fizeram uma primeira análise: uns considerando o tag along e outros não", relatou o presidente da Animec.
A associação, vale lembrar, foi aliada do Opportunity na briga contra o retorno da Telecom Italia ao bloco de controle. Intercedeu junto ao Cade, CVM e Anatel nesse sentido, e tentou ser parte das ações na Justiça. Alegava que a volta dos italianos seria prejudicial aos minoritários. A Animec normalmente se alinhava às posições do Opportunity. Agora poderá aproveitar o encontro com a CVM para questionar também sobre as acusações feitas pelo Citibank, segundo as quais o banco de Daniel Dantas fechou acordos de tag along dele com ele mesmo em diversas companhias abertas sem informar o mercado, adquiriu ações das empresas de telecomunicações em bolsa sem avisar os demais acionistas e ainda aceitou a Alcatel, uma das principais fornecedoras da BrT, como cotista do Opportunity Fund, um dos fundos no controle da Brasil Telecom e da Telemig e Amazônia Celular.
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