Vivendi desiste de acusações contra conselho da Telecom Italia

A assembleia de acionistas da Telecom Italia terminou nesta sexta-feira, 29, com um desfecho inesperado. A Vivendi, maior acionista da companhia e que vinha se opondo de forma ferrenha ao Fundo Elliot (que controla o conselho da italiana), decidiu retirar o pedido de afastamento de conselheiros. A francesa queria substituir os diretores ligados ao Elliot, apontando "várias irregularidades" na governança corporativa da controladora da TIM Brasil.

A Vivendi não chegou a enviar nenhum comunicado ao mercado até o momento, mas a Telecom Italia se limitou a dizer que a própria acionista pediu para que os itens em questão fossem retirados da pauta da assembleia. Os acionistas deliberaram e acataram o pedido. 

Segundo o noticiário internacional, a representante da Vivendi, Caroline Le Masne De Chermont, comunicou na reunião que a empresa não iria mais continuar com a proposta de revogar e substituir o mandato de cinco conselheiros na Telecom Italia. Em resposta, o presidente da italiana, Luigi Gubitosi, teria afirmado que se trata de um "primeiro passo para configurar novas relações colaborativas entre os acionistas". A especulação é que, ao se tornar o segundo maior acionista na operadora, a imobiliária Cassa Depositi e Prestiti teria agido como pacificadora na relação entre a Vivendi e o Elliot.

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Em 15 de março, a companhia francesa acusou um relatório de auditoria de omitir "desvios de conduta" cometidos pelo chairman Fulvio Conti. Assim, a Vivendi solicitou a auditores estatutários e ao órgão regulador de mercado italiano, a Consob (Comissione Nazionale per le Società e la Borsa), que investigassem os pontos levantados no relatório. Ainda não está claro se a mudança de postura da francesa na assembleia da Telecom Italia também significa que a empresa também desistirá dessas investigações.

Além da questão com a acionista francesa, a assembleia também deliberou outras questões. o balanço financeiro de 2018 e a distribuição de dividendos preferenciais foram aprovados, enquanto a política de remuneração para 2019 e a atualização do plano de incentivo 2018-2020 foram rejeitados. Além disso, os acionistas elegeram a Ernst & Young como auditora externa para o período de 2019 a 2027. 

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