Oi aponta novos membros do conselho e indica planos para 2016

Em comunicado enviado ao mercado nesta terça, 29, a Oi convoca acionistas a participar de assembleia geral no próximo dia 28 de abril, para deliberar e votar o relatório de demonstrações financeiras referente a 2015. Em pauta também estarão a eleição de novos membros para o conselho, propostas de remuneração e planos para investimento em infraestrutura durante o ano.

A empresa pretende ainda eleger membros para compor o conselho com os nomes já apontados em reuniões em 18 de setembro do ano passado e em 17 de fevereiro deste ano. Entre os nomes, que terão mandato até 31 de dezembro de 2017, está o do português João Manuel Pisco de Castro, vice-presidente da sociedade gestora de participações sociais Grupo Visabeira (que, por sua vez, detém 2,64% do capital e de direitos de voto na Pharol, antiga Portugal Telecom SGPS) e que já atuava como suplente na Oi. Agora, será efetivado membro no lugar do também português Francisco Ravara Cary. Pedro Guimarães e Melo de Oliveira Guterres, membro do conselho da Pharol Brasil desde 2015 e que já fora membro suplente do conselho da Oi (até setembro de 2015), voltará como suplente de Pisco de Castro.

Outro novo nome de Portugal é da economista de Lisboa Maria do Rosário Amado Pinto Correia, membro do conselho de administração da Pharol desde 2015 e chairwoman da companhia de manufatura de joias em prata Topázio. Ela será indicada como suplente de Luís Maria Viana Palha da Silva, presidente da Pharol. Assim, a composição será da seguinte forma:

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Tabela Conselho Oi

Em julho do ano passado, o conselho da Oi já passara por mudanças, que incluíram nomes de nove membros da Pharol, sendo quatro efetivos e cinco suplentes. Entre os efetivos estavam Luís Palha da Silva e de Francisco Ravara Cary, que sai agora. Cary era representante da Novo Banco (antigo Banco Espírito Santo) na Pharol junto com Jorge Telmo Maria Freire Cardoso, que chegou a ser indicado na reunião de setembro como suplente de Francisco Ravara, mas que agora não consta mais na lista do conselho.

O quarto nome foi o de Rafael Luís Mora Funes, administrador da Ongoing, grupo empresarial português que detinha participação na PT e no Banco Espírito Santo, além de empresas de mídia em Portugal e no Brasil. O presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, é atualmente suplente de André Cardoso de Menezes Navarro.

Os acionistas votarão ainda proposta de remuneração: de até R$ 9,157 milhões para o conselho de administração, R$ 29,407 milhões para a diretoria e R$ 1,024 milhão para o conselho fiscal.

Finanças

No documento, os comentários dos diretores ressaltam que o atual capital de giro da companhia é "suficiente" para atuais exigências e recursos de caixa, "inclusive empréstimos de terceiros", para atender o financiamento de atividades e cobrir necessidades para no mínimo os próximos 12 meses. A liquidez geral da Oi em 31 de dezembro do ano passado era de R$ 14,406 bilhões, e o capital social era de R$ 21,438 bilhões. A estrutura de capital é composta por 15% de capital próprio e 85% de capital de terceiros.

A companhia reconhece ainda que as principais necessidades de caixa atualmente são em capital de giro; pagamento das dívidas; investimentos em operação, expansão de rede e "melhoria das habilidades e capacidade técnica das redes"; e dividendo das ações, inclusive na forma de juros sobre capital próprio. Mesmo assim, afirma que o foco operacional permanece inalterado, mas atacará os problemas ao se concentrar em austeridade, otimização de infraestrutura, revisão de processos e ações comerciais.

No exercício social encerrado de 2015, o total consolidado de captações, líquidas de custos, foi de R$7,219 bilhões, e o total consolidado de amortizações de principal e juros foi de R$11,330 bilhões e R$3,705 bilhões, respectivamente. No ano passado, a companhia acumulou um prejuízo de R$ 5,348 bilhões.

Investimento em rede

Em rede, a companhia planeja investir para expandir camada de 100 Gbps para conexão com provedores de conteúdo, expansão de backbones nacional e estaduais, aumento da capilaridade da rede de satélite, preparação para tráfego de clientes 100 Gbps "a nível nacional", e projetos de proteção e otimização de rotas. Na rede de acesso, pretende melhorar a redundância de cabos, incluindo construção rotas lineares e fechamento de anéis. A empresa quer também expandir a rede de fibra até a residência (FTTH) "visando à melhoria dos indicadores operacionais em regiões onde a rede metálica é muito degradada". Além do FTTH, com capacidade de IPTV e banda larga até 200 Mbps por meio do GPON, outras tecnologias serão implantadas, como o G.fast (que utiliza fibra até gabinete e última milha de cobre) e micronós VDSL.

Para a distribuição de vídeo sobre fibra, pretende utilizar o SAToPON, que utiliza o sinal DTH em lugar do IPTV. É provável que a empresa esteja querendo aproveitar melhor a capacidade do satélite SES-6, lançado em 2013 com um total de 43 transponders de banda C e 48 transponders em banda Ku, dos quais 38 são operacionais na banda C e 36 na banda Ku. Toda a capacidade de banda Ku foi adquirida pela Oi, o que a fez mais do que dobrar a capacidade em DTH na época.

Na rede móvel, destaca para 2016 mais expansão da 3G, incluindo ampliação do HSPA+, e maior capilaridade do LTE por meio de compartilhamento de espectro (RAN Sharing) com Vivo e TIM. A companhia tem a meta neste ano de levar o LTE a 80% dos municípios acima de 100 mil habitantes até o final de dezembro. A Oi destaca também parceria com a fornecedora Nokia para desenvolvimento de aplicação de Internet das Coisas com o padrão LTE-M.

Os investimentos em 2015 foram de R$ 500 milhões para o segmento de mobilidade; R$ 1,3 bilhão para capacidade de redes de banda larga; e R$ 1,2 bilhão para infraestrutura de telecomunicações, o que inclui backbone, infraestrutura de TI e plataforma de gerência de redes.

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