Enquanto não acontece o leilão da faixa de 3,5 GHz, continuam a surgir ofertas de acesso WiMax em freqüências não licenciadas, em um claro sinal de que existe demanda por essa tecnologia no País. Um dos exemplos mais recentes é o da Wixx, que montou uma rede WiMax em 5,8 GHz em Brasília cujo lançamento comercial aconteceu em janeiro. A empresa almeja conquistar 20 mil clientes até o fim do ano, quando espera estar com um faturamento mensal próximo a R$ 2 milhões.
A Wixx está usando o padrão nomádico do WiMax, o 802.16d, com equipamentos da Alvarion e da Airspan. Considerando o que já foi investido na construção da rede no ano passado e os projetos para os próximos dois anos, o Capex da companhia deve girar em torno de R$ 30 milhões, relata o diretor comercial da Wixx, Antônio Jordão. O investidor por trás da Wixx é o grupo Nelson Quintas.
A Wixx fornece CPEs nas casas e edifícios dos clientes para a comunicação com as antenas WiMax da empresa. Esses CPEs são conectados aos computadores dos assinantes através de cabos de rede ou roteadores WiFi, que são oferecidos em regime de comodato não oneroso. Há também uma oferta complementar com hotspots WiFi em alguns shopping centers e centros comerciais que podem ser acessados sem custo adicional pelos assinantes da operadora.
Expansão
O executivo explica que a empresa escolheu Brasília para montar sua rede porque identificou através de pesquisas que há uma demanda reprimida por banda larga no Distrito Federal. Além disso, ele entende que Brasília serve como vitrine para o resto do País e a Wixx tem planos de expandir sua atuação para outras capitais a partir de 2011 dependendo do sucesso da operação no Distrito Federal.