Nokia aumenta lucro e vendas em 2014

Em um ano de "reinvenção", a Nokia registrou resultados positivos em seu balanço financeiro referente ao último trimestre e ao consolidado de 2014, com crescimento em vendas e no lucro, apesar de o período de outubro a dezembro não ter compensado o desempenho do começo do ano em lucro operacional. Notadamente, a companhia teve o resultado positivo também porque, em abril do ano passado, vendeu a divisão de handsets para a Microsoft por 5,44 bilhões de euros.

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Em comunicado, o presidente da fornecedora finlandesa, Rajeev Suri, alegou que o ano mostrou "o poder de uma nova Nokia". Ele destaca, além das vendas para infraestrutura de core de rede na América do Norte, o desempenho da Here no setor automotivo e a recepção ao tablet Nokia N1, que teria sido "notavelmente favorável, mostrando que a marca da Nokia ainda tem poder e potencial de longo prazo para nossos negócios de licenciamento". Suri afirma que 2014 foi um ano de reinvenção, e que 2015 será um período de execução. Entre as apostas estão áreas de crescimento, como virtualização e cloud computing para teles.

Em geral, a Nokia saltou de um prejuízo de 810 milhões de euros no quarto trimestre de 2013 para lucro operacional de 454 milhões de euros no ano passado. O resultado não compensou o acumulado do ano, que mostrou queda de 67%, total de 170 milhões de euros. O lucro líquido cresceu 79% no trimestre, total de 327 milhões de euros. No ano, o crescimento foi substancial: de 41 milhões de euros em 2013 para 1,171 bilhão de euros em 2014, justificado pelo desempenho da área de redes.

As vendas líquidas na empresa totalizaram 3,802 bilhões de euros no último trimestre, aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando os 12 meses de 2014, o total foi de 12,732 bilhões de euros, praticamente estável em relação a 2013 (diferença de 24 milhões de euros a mais).

América do Norte em alta

A área de redes da empresa, a Nokia Networks – antiga NSN, de Nokia Systems and Networks (e, anteriormente, Nokia Siemens Networks) –, foi a responsável por quase 88% da receita da empresa no ano passado. No trimestre, a divisão cresceu 8% e totalizou 3,365 bilhões de euros, com destaque para o crescimento de 13% da subdivisão de banda larga móvel, que totalizou 1,760 bilhão. A companhia alega que o resultado geral foi fruto de um desempenho forte na América do Norte. No ano, a Nokia Networks mostrou recuo de 1%, total de 11,198 bilhões de euros. Nesse acumulado, a divisão de banda larga móvel também mostrou aumento de 13%, total de 6,039 bilhões de euros, em geral por conta de crescimento nas tecnologias de core de rede e "aumento modesto em tecnologias de rádio em geral". Já as vendas de serviços globais tiveram aumento de 3% no trimestre (1,579 bilhão de euros) e recuo de 11% no ano (5,105 bilhões de euros).

As vendas na América Latina mostraram recuo de 9% no trimestre, total de 308 milhões de euros. Segundo a empresa, isso aconteceu por conta de "menos atividades de gerenciamento de serviços no Brasil, parcialmente compensado por maior quantidade de implantação de rede na Colômbia". Apesar do crescimento de 95% na América do Norte (514 milhões de euros), a região de maior projeção ainda é a Ásia/Pacífico, com 915 milhões de euros.

A antiga NSN registrou ainda lucro operacional de 470 milhões de euros nos últimos três meses do ano, aumento de 35% em relação a 2013. No acumulado do ano, o total foi de 1,364 bilhão de euros, aumento de 25% no comparativo.

Outros negócios

O negócio de mapas da Nokia, a Here, mostrou crescimento de 15% nas vendas líquidas no trimestre (292 milhões de euros) e 6% no ano (969 milhões de euros). Já o lucro operacional diminuiu 20% (20 milhões de euros) e 35% (31 milhões de euros). A área de patentes, a Nokia Technologies, mostrou aumento de 23% (149 milhões de euros) no trimestre e 9% (578 milhões de euros) no ano em vendas líquidas. Em lucro operacional, houve recuo de 5% (77 milhões de euros) nos três meses e aumento de 9% (357 milhões de euros) no ano. Esse desempenho foi principalmente por conta da Microsoft ter virado uma "licenciada mais significativa de propriedade intelectual", além da própria venda da área de Dispositivos e Serviços (que incluía a linha de smartphones e celulares) para a companhia norte-americana. A Nokia alega ainda ter havido mais uso de patentes por parte de "certos outros licenciados".

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