A disputa entre a JVCO, minoritária da TIM, e os controladores da empresa parece longe de um final amigável. Nesta terça-feira 29, a companhia ligada ao grupo de Nelson Tanure voltou a fazer barulho emitindo um comunicado ao mercado no qual alega ter solicitado aos auditores independentes Pricewaterhousecoopers informações sobre processos licitatórios e contratos firmados pela operadora com as empresas Value Partners Management Consulting, Between S.p.A. e Onda Communication.
Os negócios teriam sido firmados durante a gestão de Luca Luciani na TIM. No comunicado, a JVCO justifica a necessidade de verificação dos contratos de serviços de consultoria e fornecimento de modems e telefones celulares entre 2009 e 2012 alegando que as fornecedoras “são de origem italiana e geridas por ex-executivos da Telecom Italia”.
De acordo com a acionista, na última sexta-feira, 25, foi encaminhada correspondência ao atual presidente da TIM, Andrea Mangoni, defendendo a necessidade de verificação dessas contratações, “tendo em vista que as revisões nas contas da TIM realizadas pelos escritórios Davis Polk & Werdwell e Veirano Advogados e pela Deloitte Touche Tohmatsu se limitaram apenas à dinâmica do funcionamento dos cartões pré-pagos no Brasil”.
Entenda o caso
Desde o ano passado, a JVCO vem brigando com os principais acionistas da TIM e busca vender sua participação na tele, que se encontra bloqueada devido a dívidas deixadas pela Intelig. Em virtude disto, a acionista minoritária tem feito inúmeras denúncias contra a operadora. Entre os golpes desferidos na TIM está a acusação de fraude em balanço da companhia e de suposto desrespeito às regras do novo mercado.
Em outubro, a JVCO havia processado a Telecom Italia e pedido indenização pelo fato de a controladora da TIM ter nomeado Luca Luciani como presidente da empresa. Naquele mesmo mês o processo foi extinto na Justiça carioca.