Recursos de interatividade não são novidade para radiodifusores

Os recursos de interatividade não representam uma grande novidade para os radiodifusores, que já estão acostumados em receber contribuições da audiência, assim como o público sabe e interage com as TVs. Esta foi a conclusão apresentada pelo SBT durante o Mobile TV Latin America, que acontece nestas terça, 29, e quarta-feira, no Rio de Janeiro. Segundo Ana Paula Paes Leme, executiva de contas de novos negócios da emissora, o que muda com a TV digital e móvel é a tecnologia usada na interação. Para ela, esta será a contribuição das redes celulares na TV móvel no Brasil, o uso de suas redes como canal de retorno, já que os radiodifusores podem trafegar seus sinais de forma aberta para os dispositivos portáteis. Além da interatividade (através de cartas, votação por telefone, internet ou SMS), as emissoras estariam também acostumadas a entregar conteúdos adicionais ao seu público, como making of, entrevistas com atores etc., através da internet.
Assim, o maior desafio para os radiodifusores na TV móvel seria na adequação do conteúdo. ?Muitos radiodifusores podem estar pensando em produzir e transmitir conteúdos específicos para a TV móvel, mas aí encontram dois desafios, o estratégico e o regulatório?, disse, lembrando que no Brasil, ao menos por enquanto, o sinal para os dispositivos móveis deve ser igual ao sinal principal. Em relação à estratégia, Ana Paula lembrou que a audiência deve se comportar de forma diferente. Segundo ela, os picos devem ser entre 18h e 20h, seguidos do período entre 6h e 9h e no horário reservado para o almoço. Além disso, ?a maneira de consumir televisão deve ser diferente. Programas para jovens certamente fariam maior sucesso?, disse.

Produtores

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Já a Warner Music, ?cujo core business não é televisão?, como lembra o diretor de new media para a América Latina, Alfonso Perez Soto, conta com uma oferta variada de conteúdos, pensando sempre no modelo de distribuição de conteúdo pelas redes das operadoras móveis. Segundo ele, o acervo da Warner Music poderia ser ainda maior, mas antes é preciso resolver algumas questões de direitos sobre as masters de vídeo, licenças de sincronização etc.
Contudo, a distribuidora de música pode oferecer conteúdo para dispositivos móveis de três formas: licenciando clipes de menos de cinco minutos de duração; licenciando programas de TV como shows e entrevistas; e com seus canais dedicados aos dispositivos móveis. O executivo lembrou que a Warner tem, para a América Latina, três canais para celulares: o RhinoTV, com clássicos do rock; o de humor Comedybox; e o canal teen WappoTV.

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