Padrão nacional não será necessariamente adotado

O ministro das comunicações, Miro Teixeira, em entrevista coletiva em Brasília na tarde desta quarta feira, 29, afirmou que a proposta de desenvolver um sistema brasileiro de TV digital não significa que este padrão nacional será o adotado pelo País. O ministro disse que a proposta de discutir um modelo brasileiro de TV digital não vai de encontro aos demais modelos existentes no mundo: ?nós propusemos apenas que os detentores das patentes dos outros padrões fizessem a gentileza de nos permitir a apresentação de uma tentativa de um modelo nosso. Não me parece muito?, disse Miro.
Para o ministro, imaginar que a decisão sobre o padrão digital de televisão seria tomada apenas por ele ou mesmo pelo governo sem ouvir a sociedade, sem ouvir os operadores, "é muito ingênuo e revela desconhecimento total da dimensão da questão". ?Esta será uma decisão do Estado brasileiro com toda a sua representação?, disse. O ministro reafirmou que não vê sentido em continuar gastando recursos do País para pagamentos de equipamentos importados na medida em que temos capacidade técnica e científica para desenvolver nosso próprio sistema. Miro Teixeira disse que todas as críticas que o governo vem recebendo são bem vindas porque serão úteis para acertar o caminho.

Prazos

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O ministro lembrou que já elaborou uma minuta de exposição de motivos, a ser encaminhada ao presidente da república, e também que está sendo elaborada a proposta financeira para realizar os estudos com vistas ao sistema nacional. De acordo com a proposta apresentada ao ministério pelo CPqD e pelo Instituto Genius, seriam gastos cerca de R$ 100 milhões de recursos do Funttel para o desenvolvimento deste sistema.
Na opinião do ministro, se no final do processo, que duraria cerca de 12 meses, a decisão fosse por um padrão internacional, não haveria perdas porque ?pesquisa nunca se perde?. O ministro disse que seria importante, para estimular o setor, que fosse estabelecida uma meta, como por exemplo: ?ver a Copa do Mundo de 2006 através de TV digital?.
Elaborando um calendário de trás para a frente, para que isto possa ser cumprido, Miro Teixeira avalia que em janeiro daquele ano os equipamentos já deveriam estar sendo comercializados, o que significa que no começo de 2005 as fábricas já começariam suas adaptações para produzir os televisores. Ou seja, em dois anos, todas as decisões deverão estar tomadas.
Miro ainda quer discutir o custo/benefício da proposta de estudar um padrão nacional porque, como ele mesmo disse, ?R$ 100 milhões não é pouco dinheiro?.

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