Em sessão da CPI da Regularização da Fiação que ocorre na Câmara Municipal de São Paulo, o vice-presidente de relações institucionais da Claro, Fabio Andrade, afirmou que é necessário publicar, o mais rápido possível, o regulamento da Aneel e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a respeito do compartilhamento de postes.
"É muito importante que esse decreto saia do jeito bom, ótimo ou médio. Mas o que não dá é para ficar três anos, como foi sendo gestado isso, e na última reunião voltou para a estaca zero", afirmou o executivo, nesta quinta-feira, 28.
Para Andrade, é necessária uma regra que solucione a questão de forma nacional, abrangendo todos os estados e municípios do País. Ele acredita que a cidade de São Paulo seria a primeira beneficiada.
Além disso, o executivo acredita que o setor de telecom está muito precarizado, o que seria decorrente do efeito da entrada de novos entrantes nos últimos anos. Para ele, é necessária a regularização de parte das empresas que hoje atuam no setor para que o segmento tenha uma organização mais efetiva.
"O que está havendo é que o setor está muito precarizado, tem muitos cabos, muitos novos entrantes. Mistura um cabo no outro e aí começa a conclusão. Mas, na fiscalização que a gente faz de rede, a gente procura toda vez que essa plaquinha é retirada, a gente bota de novo", afirmou Andrade.
Já o diretor de relações institucionais da TIM, Cleber Affanio, explicou como a companhia avalia a sua infraestrutura. Ele também aproveitou a oportunidade para pedir a regularização no segmento.
"Trabalhamos com um calendário para avaliação da infraestrutura da nossa rede fixa e nas torres de telefonia móvel. Cada poste da cidade permite cinco pontos de fixação, que devem ser cinco. Quando não há mais a possibilidade há que se usar a rede de quem já está lá, fazer um subterrâneo ou duplicar o poste. Se tem mais, alguém está ilegal e o poste eu uso para prestar o serviço final", disse Affanio.
Na ocasião, o diretor Institucional da Vivo, Alcineu Garcia Villela Júnior, criticou o cenário atual, que seria formado por muitas empresas operando, mas poucos dados de parte das companhias que atuam sem o devido controle.
"São muitos cabos distribuídos por 1,1 milhão de postes em São Paulo. São cadastradas 600 empresas, mas elas variam no número de clientes. O problema é que são muitas empresas trabalhando na cidade, as normas técnicas e um ordenamento se perderam ao longo do tempo. Nós mesmos somos impactados", afirmou Villela Júnior.