Mundialmente, o serviço de telefonia fixa está perdendo espaço para a telefonia móvel e outras formas de comunicação. No entanto, na Romênia esse fenômeno está acontecendo com muito mais força. Lá a penetração da telefonia fixa é de apenas 19%, enquanto que a teledensidade da telefonia móvel ja supera os 100%. Até 2003, a Romtelecom tinha monópolio do mercado, uma vez que o governo não permite que a empresa abra sua rede para outros competidores. No entanto, a resposta da concorrência veio com tanta força que derrubou a paticipação de mercado da incumbent para 7%. ?Há três anos éramos uma empresa à beira da morte?, diz Ion Botis, COO da Romtelecom.
Botis explica que os concorrentes foram praticamente forçados a encontrar outras soluções. Enquanto os competidores iam tomando cada vez mais assinantes da Romtelecom – com a telefonia móvel e com o servico de VoIP oferecido pelas empresas de TV por assinatura através de suas redes de cabo ? a Romtelecom fez um esforço de redução dos custos operacionais. Depois reduziu substancialmente o número de funcionários de 4,2 mil em 2003 para 1,2 mil hoje. ?Por todos esses motivos, entramos muito tarde na banda larga?, afirma Botis.
Com isso a Romtelecom começou a se recuperar. Hoje a empresa oferece triple play, com serviço de vídeo entregue via DTH, assim como a Telefónica no Brasil. Mesmo assim, enquanto ela tem 3 milhões de linhas em serviço, existem mais de 22 milhões de assinantes móveis. Há dois anos a empresa iniciou um projeto de NGN para aumentar a capacidade de banda oferecida pelo ADSL e estancar a perda de assinates para as operadoras de cabo. E há seis meses iniciou um projeto de atendimento chamado ?costumers first?, também com o mesmo objetivo. ?A cultura das empresas tem que mudar. E as novas tecnologias exigem também mudança dos modelos de negócio tradicionais, o que nem sempre e fácil?, afirma Ion Botis.
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