Publicidade
Início Teletime Em aniversário da Abert, Costa volta a comparar teles e TVs

Em aniversário da Abert, Costa volta a comparar teles e TVs

Com a presença do presidente Lula (que preferiu não discursar), a Associação Brasileira de Emissoras de Radiodifusão (Abert) celebrou 45 anos nesta terça, 27, em Brasília. Lula ficou em uma mesa com o presidente da entidade, Daniel Slaviero, e representantes da Globo, SBT, Record, RBS e Rede Vida, além dos ministros Hélio Costa (Comunicações) e Franklin Martins (Comunicação Social). Quem falou pelo presidente foi Hélio Costa, que voltou a comparar os tamanhos dos mercados de telecomunicações e radiodifusão, justificando assim a necessidade de proteger o mercado de televisão. Costa também mencionou a possibilidade de que os aparelhos de TV digital tenham o mesmo tipo de incentivo fiscal que o computador popular tem como forma de acelerar a introdução da TV digital. A Abert voltou a falar em proteção do conteúdo, como forma de proteger a "alma" da comunicação.

TV digital

A tônica do evento foi o início das primeiras transmissões de TV digital, dia 2, em São Paulo, em solenidade que também contará com a presença de Lula e dos ministros da área.

Notícias relacionadas
Nos bastidores, radiodifusores duvidavam da possibilidade de que incentivos fiscais venham a ajudar a acelerar a adoção da TV digital. "Acho que o mercado vai fazer os preços caírem mais rápido do que o governo pensa", apostava um radiodifusor. Mesmo assim, eles acham que o governo precisa fazer a sua parte se quiser equipamentos baratos. E a carga tributária é uma das partes.

Conflito com a Anatel

Outro tema de bastidor orbitou sobre a possibilidade de que espaços tradicionalmente reservados à radiodifusão no espectro radioelétrico venham a ser destinados para empresas de telecomunicações. Ainda repercutia entre os radiodifusores o duro tom da conversa realizada no final da semana passada entre Anatel e Abert, em que a associação de radiodifusores pediu o fim da consulta pública 833, em que a agência abre a possibilidade de ceder pedaços do UHF para serviços de telecomunicações em pequenas cidades (porque nas médias e grandes não há espaço), até como forma de estimular a interatividade. O recado que ficou para os radiodifusores é: a Anatel não vai voltar atrás na consulta, mas será sensível às pressões do setor.

TV pública

Um terceiro tema que permeeou os bastidores do encontro foi a TV pública, que começa a funcionar no dia 2 de dezembro mas ainda depende da aprovação da sua medida provisória. De maneira política, mas direta, os radiodifusores tentaram mostrar a Tereza Cruvinel (presidente da TV Brasil, também presente ao encontro) que não gostam da possibilidade de a TV Brasil drenar recursos do setor publicitário com a publicidade institucional. Preferem que as verbas de mercado para a TV pública venham de leis de incentivo e apoio cultural, ou de repartes do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile