Crise dos semicondutores afeta visibilidade para 2022, afirma Nokia

Foto: Arno Mikkor (EU2017EE)

A Nokia apresentou resultados para o terceiro trimestre nesta quinta-feira, 28, com alta na receita e na lucratividade do período. No entanto, a fornecedora também ampliou alertas sobre a escassez de componentes (especialmente semicondutores) que tem afetado o setor.

Segundo a empresa, os desafios foram gerenciados entre julho e setembro, mas estão aumentando no quarto trimestre e podem afetar as margens de 2022. Em declaração, o presidente e CEO da Nokia, Pekka Lundmark, classificou a inflação no preço dos componentes como "sem precedentes".

"A incerteza em torno do mercado global de semicondutores limita nossa visibilidade no quarto trimestre e em 2022", sinalizou o executivo. "Estamos trabalhando em estreita colaboração não apenas com nossos fornecedores para garantir a disponibilidade de componentes, mas também com nossos clientes para atender às suas necessidades e mitigar a inflação de custo de componentes sem precedentes que nossa indústria enfrenta".

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Mesmo com os desafios, os resultados da Nokia no terceiro trimestre foram comemorados pela empresa. A receita global do grupo somou 5,399 bilhões de euros no intervalo (cerca de US$ 6,3 bilhões), em alta anual de 2%.

"Em uma perspectiva regional, América do Norte, Ásia-Pacífico e América Latina testemunharam um forte crescimento, que foi parcialmente compensado por declínios na Europa, Oriente Médio e África, Grande China e Índia", resumiu o balanço da empresa.

Regionalmente, os negócios na região que tem o Brasil como maior mercado cresceram 7% ano contra ano, para receita de 260 milhões de euros (US$ 303 milhões) entre julho e setembro.

Já no recorte por divisões, o segmento de redes móveis acabou recuando 5% em termos de faturamento global, mas segue como principal negócio da Nokia, com relevância de 42% no faturamento.

A queda foi compensada por salto de 6% na divisão de infraestrutura de rede, de 12% em nuvem e serviços de rede e de 11% na Nokia Technologies. Em paralelo, a fornecedora também destacou 380 contratos com clientes para soluções de redes privativas.

Com todas as cifras, a Nokia reportou um lucro de 351 milhões de euros durante o terceiro trimestre, em alta de 78% em um ano (cerca de US$ 410 milhões). No acumulado do ano, o indicador soma 965 milhões de euros (US$ 1,1 bilhão).

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