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Anatel e BID estimam em US$ 9,5 bi a conexão de 16 milhões de pessoas sem acesso no Brasil

Presidente da Anatel, Leonardo de Morais, e o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle. Foto: Divulgação/Anatel

O Brasil precisaria de US$ 9,5 bilhões em investimento em cinco anos para conseguir promover a inclusão digital de 15,8 milhões de pessoas que atualmente não têm acesso à banda larga fixa ou móvel, atingindo uma cobertura total de 98,2% da população. Isso resultaria em um aumento do PIB brasileiro em 2,4%. 

A estimativa é resultado do mapeamento feito pela parceria entre a Anatel e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no projeto Crowdsourcing for Digital Connectivity in Brazil (Projeto C2DB). Os resultados foram apresentados nesta quinta-feira, 28, em reunião entre as duas entidades.

Na ocasião, o presidente da Anatel, Leonardo Euler, lembrou que a parceria estabelecida em maio deste ano permitiu o que seria o primeiro mapa de conectividade com microgranularidade, equivalente a 1,2 km x 600 m. Além das 15,8 milhões de pessoas, a projeção cobriu 3.771 unidades de saúde e 21.230 escolas públicas sem banda larga. 

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“É um mapa fundamental porque permite identificar oferta e a demanda”, destacou.  “O produto desse trabalho é muito novidadeiro, muito rico, e vai ser extremamente estratégico nas diversas frentes de projetos relacionados à conectividade digital no Brasil”, argumentou Euler. 

Foram seis meses para a coleta de dados em crowdsourcing, identificando um total de 19,7 milhões de pessoas sem banda larga fixa ou móvel no Brasil em 2020. Considerando a cobertura de 15,8 milhões de brasileiros nesse universo, além das escolas e postos de saúde, a estimativa do custo chegou à quantia de US$ 9,5 bilhões de Capex. Além disso, haveria um Opex de US$ 290 milhões por ano, compensados por um potencial de receitas de US$ 1,2 bilhão, segundo afirmou o especialista em telecomunicações do BID e chefe do C2BD, Luis Gillermo Alarcon Lopez. 

“O potencial de expansão do PIB brasileiro é de 2 pontos”, declarou o representante do BID, Morgan Doyle. “O mapa vai permitir investimentos precisos, granulares, que alavancam o setor privado. Será preciso fazer diferente para fazer mais com menos”, afirma. Doyle colocou à disposição ainda o Crédito Brasil Digital, linha de US$ 1 bilhão para governos, estados e municípios; e lembrou que o Banco também está “pronto para o setor privado para fazer investimento de expansão de rede” com empresas. 

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