Minicom enfrenta resistência de empresários

Após anos de discussão, ainda não há consenso sobre o padrão ou sistema de TV digital no Brasil. Durante o painel que tratou de políticas do setor de comunicações na Futurecom, as empresas envolvidas com o assunto não conseguiram avançar numa solução. O secretário de telecomunicações do Minicom, Antonio Mauro Barbosa de Oliveira, lembrou que o ministro Eunício de Oliveira levará ao presidente Lula, em 10 de março do próximo ano, o resultado da pesquisa feita entre estudiosos, coordenada pelo CPqD, que deverá responder qual o padrão a ser adotado no País.
O presidente da Net Serviços e presidente do conselho da ABTA, Francisco Valim, disse que haverá uma segunda reunião do Minicom em cerca de duas semanas e que as discussões ainda estão no começo. Valim criticou a possibilidade de se criar um padrão local e argumentou que há escassez de recursos para isto.
O ex-ministro e presidente da consultoria Orion, Juarez Quadros do Nascimento, discordou do secretário em relação ao desenvolvimento de produtos de alta tecnologia internamente e justificou que não há recursos nem tempo para isto ? seriam necessários cinco anos e milhões de dólares -, e muito menos demanda. Hélio Graciosa, do CPqD, argumentou que se poderia usar recursos do Funttel, mas a idéia novamente foi rechaçada por Quadros: ?O Funttel não foi feito para isto.? Valim, por sua vez, lembrou a importância da escala e comparou a TV digital com a tecnologia GSM para celular que, por sua demanda massiva mundial, chegou a baixo custo no Brasil e permitiu o acesso de usuários de baixa renda. O secretário de telecomunicações disse que, dependendo do resultado da pesquisa, o Brasil poderá até exportar para países subdesenvolvidos, o que ajudaria a criar escala.

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