Detida no Canadá desde o final de 2018, a diretora financeira (CFO) da Huawei, Meng Wanzhou, retornou nesta segunda-feira, 28, aos tribunais de Vancouver por conta do processo de extradição movido contra ela pelo governo dos Estados Unidos.
Wanzhou, que também é filha do fundador da Huawei, Ren Zhengfei, deve deixar o regime de prisão domiciliar ao longo de toda a semana para participar de audiências no Supremo Tribunal da Colúmbia Britânica. Entre as alegações norte-americanas contra a executiva estão a de driblar sanções comerciais contra o Irã.
Em comunicado publicado pela Huawei Canadá nesta segunda-feira, o processo de extradição da CFO foi classificado como "um abuso do processo judicial canadense". A empresa também afirmou que o caso apresentado pelos EUA às autoridades do Canadá contém "omissões materiais e deturpações".
"Conforme expresso consistentemente, a Huawei confia na inocência da Sra. Meng e que o sistema judicial canadense chegará a essa conclusão. Consequentemente, a Huawei continuará a apoiar a busca da Sra. Meng por justiça e liberdade", pontuou a empresa.
Ofensiva
A prisão de Wanzhou em dezembro de 2018 iniciou uma nova fase da disputa comercial entre EUA e China em torno da infraestrutura para telecomunicações. Desde então, a Huawei teve atuação praticamente banida em solo norte-americano. O governo de Donald Trump pressiona para que aliados sigam o mesmo caminho, incluindo o Brasil.