Concessionárias acumulam perda de um milhão de acessos no ano

Após um crescimento em julho, a telefonia fixa voltou a perder base em agosto e as grandes responsáveis foram as concessionárias, que já acumulam mais de um milhão de desconexões no ano. Dados divulgados pela Anatel nesta segunda-feira, 28, mostram que o mercado mostrou recuo total de 0,78% em agosto e totalizou 44,128 milhões de acessos. Comparando com dezembro, o serviço de telefone fixo comutado (STFC) apresenta uma queda de 874 mil acessos (1,94% de queda).

Sozinhas, as concessionárias apresentaram 407,3 mil desconexões em agosto, uma queda de 1,55% na base. No comparativo com dezembro, a queda é de 4,72%, ou 1,284 milhão de desconexões. Assim, esse mercado representava em agosto 58,72% do total do STFC, ou 1,71 ponto percentual abaixo do registrado em dezembro.

Dessa vez, a Telefônica/Vivo apresentou a maior perda de base mensal (2,95%), com 292,3 mil desconexões. No ano, são 428,2 mil linhas a menos, um recuo de 4,27%. A operadora contava em agosto com 9,602 milhões de conexões STFC. A Oi registrou 115,9 mil desconexões no mês (0,75% de recuo), mas no acumulado do ano é a que mais perdeu: 870,6 mil (5,35%) acessos a menos só em 2015. Ainda assim, a operadora é tem a maior participação de mercado, com 15,409 milhões de linhas e mais da metade (59,47%) do total. Com menor representatividade, Algar e Sercomtel aumentaram sua base em 0,11% e 0,12%, respectivamente. Note-se ainda que a América Móvil aparece nos dados da Anatel com cerca de 1,5 mil acessos devido a obrigações de cobertura por conta de concessão de STFC da Embratel na modalidade de longa distância, que obriga a instalação de telefones de uso público (TUPs) em determinadas localidades.

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Os dados mostram que, de fato, o mercado das concessionárias perde força, enquanto as autorizadas vão, aos poucos, abocanhando maior participação de mercado. Vale lembrar que o governo estuda mudar o modelo de concessões de telefonia fixa no País, mudando o foco para a banda larga.

Autorizadas crescem

Entre as empresas autorizadas, houve um crescimento mensal menor (60,3 mil acessos, ou 0,33%) do que o registrado em julho (197,1 mil, 1,10%), mas a base se manteve no constante aumento, fechando agosto com 18,218 milhões de linhas. No ano, o crescimento foi de 2,31%, total de 410,6 mil adições líquidas.

Alheia ao novo mês de desconexões (886) da Telefônica, a GVT adicionou sozinha 29,181 mil linhas (aumento de 0,61%) em agosto, totalizando 4,837 milhões de acessos. As duas juntas mostraram crescimento de 0,53%, somando 5,386 milhões de acessos. No comparativo com dezembro, o aumento foi de 218,4 mil linhas (4,23%), o que significa mais da metade (53%) do total de adições líquidas das autorizadas no período.

Telefônica e América Móvil apresentaram queda no período analisado
Telefônica e América Móvil apresentaram queda no período analisado

A empresa que registrou maior crescimento proporcional foi a TIM, com 41,31% de avanço em relação a dezembro, ou 165,9 mil linhas adicionadas. No total, a operadora contava em agosto com 567,6 mil acessos. O Grupo América Móvil (Claro, Embratel e Net), por sua vez, mostrou crescimento mensal (23,1 mil, ou 0,20%), mas acumula perda de 19,5 mil linhas (0,17%) no ano e totalizava em agosto 11,612 milhões de acessos. Assim, a companhia mexicana continua responsável por 63,7% do total do mercado de autorizadas.

Acesso público

A quantidade de orelhões voltou a crescer no País com a adição de 304 unidades, um aumento de 0,04% na base de 865,4 mil telefones públicos (TUPs). Não compensa a queda acumulada, que é de 3,6 mil desconexões (recuo de 0,41%). O telefone popular (Aice) aumentou 374 unidades (0,21%) e em agosto contava com 174,5 mil linhas. O crescimento desde dezembro é de 9,56%, ou 15,2 mil adições. Foram adicionados mais dois TUPs para cadeirantes (total de 20.430 unidades) e 20 orelhões adaptados para deficientes auditivos e de fala, total de 5.712.

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