As TVs estão subsidiando a oferta de seu conteúdo para telefones celulares. A afirmação é do diretor de interação e comunicação da Band, Milton Turolla Jr., que participou do IV Tela Viva Móvel nesta quarta-feira, 28, em São Paulo. Segundo o executivo, o percentual da receita com serviços de valor adicionado (SVA) que é destinado às TVs não cobre sequer os custos destas. ?O modelo de divisão de receita padronizado pelas operadoras celulares não atende a todo mundo. É preciso haver uma redefinição desse modelo?, disse Turolla. É sabido que as TVs recebem hoje, em média, entre 40% e 50% da receita líquida dos SVAs em telefonia celular que levam seu conteúdo. ?Não sei por mais quanto tempo os produtores de conteúdo vão manter esse subsídio?, alertou.
O executivo da Band destacou que a oferta de conteúdo de TV no celular fez com que os valores de contratos de apresentadores e de suas equipes fossem elevados, por incluírem agora os direitos de imagem para essa nova mídia.
O grupo Bandeirantes oferece o conteúdo de seus canais em streaming e download em diversas operadoras celulares. Além disso, alguns programas da Band em TV aberta, como "Esporte Interativo" e "Floribella", permitem a interação dos telespectadores via SMS. O grupo tem hoje 18 pessoas dedicadas exclusivamente a projetos de interatividade com telefonia móvel.
Broadcast
Em relação à possibilidade futura de brodcast para celular, tanto a Band quanto representantes de operadoras celulares que participaram do evento falaram em uma atuação conjunta. Nenhum dos dois setores demonstra interesse em liderar sozinho a instalação de uma nova rede que fará broadcast no celular, serviço cujas primeiras experiências começam a acontecer ao redor do mundo. ?No Brasil, acredito em um modelo cooperativo entre TVs e teles?, comentou o diretor de serviços de valor agregado da Claro, Marco Quatorze.