Vivendi negociará GVT exclusivamente com Telefónica

A Telefónica levou a melhor sobre a Telecom Italia na disputa pela GVT. O conselho supervisor da Vivendi analisou as propostas das duas holdings pela sua operadora brasileira e decidiu entrar em negociações exclusivas com a espanhola.

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A oferta da Telecom Italia foi de 7 bilhões de euros mais uma participação de 16% no capital da holding italiana e 21% das ações de controle; e ainda 15% da TIM Brasil. Em comunicado, a Vivendi destaca a "relevância e qualidade" da oferta italiana, mas no fim optou pela proposta de 7,45 bilhões de euros da Telefónica, dos quais 4,663 bilhões em dinheiro e 12% em ações da Telefônica Brasil, dos quais cerca de um terço pode ser convertido em ações que os espanhóis detêm na Telecom Italia (5,7% do capital e 8,3% das ações de controle).

"À luz da estratégia do grupo e do melhor interesse de seus acionistas, o conselho supervisor decidiu entrar em negociações exclusivas com a Telefónica", diz o comunicado. A Vivendi alega que "o desinvestimento na GVT permitirá a venda da última subsidiária integral de telecom" da companhia, seguindo as vendas da Maroc Telecom e da SFR. "A oferta da Telefónica é considerada particularmente atrativa, gerando ganho de capital de mais de 3 bilhões de euros. As outras condições da oferta, limitando o risco de execução da operação e o comprometimento a Vivendi após a venda ao mínimo necessário estão totalmente em linha com os objetivos da Vivendi", justifica o conglomerado francês.

A transação, ainda segundo a Vivendi, permitirá o desenvolvimento conjunto de projetos em conteúdo e mídia e, além disso, a francesa poderá se tornar acionista da Telecom Italia se desejar, trocando ações brasileiras por italianas.

"A Vivendi inicia uma nova fase em seu desenvolvimento para se tornar um grupo industrial integrado focado em mídia e conteúdo. Seu objetivo é buscar seu desenvolvimento através de crescimento orgânico de suas subsidiárias e uma colaboração próxima entre elas, o que não impede que o grupo adquira posições minoritárias em companhias aliadas para distribuir conteúdo", finaliza.

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