A Vivo espera notícias concretas no final do ano sobre a aprovação da compra dos ativos móveis da Oi ao lado de TIM e Claro. Segundo a operadora, o processo está avançando de acordo com as expectativas; na semana passada, o Cade declarou a operação complexa e determinou novas diligências.
O update sobre as expectativas foi fornecido pelo CEO da Vivo, Christian Gebara, durante call sobre os resultados do segundo trimestre realizada nesta quarta-feira, 28.
"As aprovações regulatórias e antitruste necessárias estão avançando de acordo e devemos ter notícias mais concretas no final do ano. Estamos confiantes que o resultado [da operação] será um cenário mais sustentável para investimentos em infraestrutura e inovação", afirmou Gebara. Posição semelhante foi declarada na terça-feira pela TIM.
Já o diretor financeiro da Vivo, David Melcon, apontou a preparação financeira da empresa para a transação e também para a aquisição de espectro no leilão de 5G. Segundo ele, a forte posição de caixa líquido permitirá o financiamento de ambos movimentos.
A empresa encerrou junho com caixa líquido de R$ 6,595 bilhões, refletindo a maior geração no segundo trimestre. Considerando o efeito da norma contábil IFRS-16, a dívida líquida da Vivo atingiu R$ 4,533 bilhões neste período; fora do padrão, a dívida bruta soma R$ 1,817 bilhão.
ICMS
Outro fator que deve influir no balanço da Vivo é um efeito positivo de R$ 2,1 bilhões a ser reconhecido após decisão do STF de descontar o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. Os créditos devem servir como fonte incremental de caixa durante os próximos doze meses.