Costa reconsidera posição sobre cautelar do Speedy ao ver estudos da rede

O ministro das Comunicações Hélio Costa, que até recentemente era uma das vozes de apoio da Telefônica em relação à questão da cautelar que suspendeu a venda do Speedy, mudou de posição. Na semana passada, o ministro disse que a suspensão poderia ser anulada, pois a empresa já teria sido punida e demonstrado interesse em investir e corrigir as falhas que já geraram seis problemas de comunicação nos seus serviços de banda larga e telefonia fixa. A mudança de discurso, contudo, ocorreu após Costa ter tido acesso a um novo relatório produzido pela Superintendência de Serviços Privados (SPV) em parceria com a Superintendência de Radiofrequência e Fiscalização (SRF) da Anatel.
Do ponto de vista do cumprimento do plano antipane apresentado pela própria Telefônica, a empresa estaria indo bem e seguindo o cronograma proposto de atualizações da rede. Apesar disso, uma segunda análise feita pela SPV teria constatado que ainda existem aspectos técnicos que precisam ser corrigidos na infraestrutura da companhia. Neste documento há a suspeita de que novas falhas podem ocorrer.
Na agência, não há consenso sobre o timing correto para a revisão da medida cautelar, em vigor desde 22 de junho. Outros documentos da Anatel, segundo apurou este noticiário, apontariam para problemas na rede da Telefônica, com repercussão direta na oferta do STFC. Relatório da fiscalização produzido após a primeira grande pane do Speedy, ocorrida no ano passado, teria localizado falhas graves na gestão da rede da Telefônica. O levantamento apontaria a existência de problemas que vão desde investimentos insuficientes na infraestrutura até a venda de bens reversíveis sem autorização da Anatel, aspectos que podem ter influenciado na eficiência da oferta do serviço.

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O documento, no entanto, não foi tornado público pela Anatel, assim como os demais relatórios que embasaram a abertura de processos contra a Telefônica no que diz respeito às interrupções do Speedy. Também não há informações sobre eventuais explicações da Telefônica nesses casos.
O relatório mais amplo sobre problemas na gestão, segundo fontes, teria sido encaminhado pela fiscalização para a Superintendência de Serviços Públicos (SPB) por conta do potencial lesivo ao STFC das infrações constatadas. Não há registro, porém, de abertura de processo administrativo na SPB contra a Telefônica com base nesse material.

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