Hughes anuncia planos de banda larga via satélite

A Hughes se prepara para lançar, a partir da próxima semana, seu serviço de banda larga via satélite HughesNet no Brasil. Será o primeiro país além dos EUA a receber o serviço. A empresa anunciou pela primeira vez os valores e franquias do serviço. No pacote residencial, os planos começam com uma conexão de 10 Mbps, por R$ 249,90, franquia de 35 GB (15 GB no horário normal e 20 GB no período da madrugada, das 0h às 7h). O plano seguinte é de 15 Mbps por R$ 349,90, com franquia de 50 GB (20 GB no período normal e 30 GB de madrugada) e o plano mais caro, de 20 Mbps sai por R$ 449,90, e franquia de 65 GB (25 GB/40 GB). Nos três casos a taxa de adesão é de R$ 359,00, com equipamento em comodato e fidelização de 12 meses.

Segundo Rafael Guimarães, presidente da Hughes no Brasil, o foco da operadora não são os mercados onde a oferta de banda larga é competitiva. "Buscamos atender as regiões mal atendidas, tanto para pequenas e médias empresas quanto na oferta residencial". Obviamente, as áreas rurais estão no alvo da HughesNet, assim como regiões metropolitanas com banca larga de baixa qualidade ou pouca oferta. "Fizemos pesquisas de mercado nos últimos anos e constatamos que hoje existe um percentual grande de pessoas insatisfeitas com a sua oferta e muitas cidades com tecnologia inferior à que estamos oferecendo", disse Guimarães. Os números, apurados pela Ipsos, apontam que apenas 20% das pessoas estariam satisfeitas com o serviço hoje, e em 54% dos casos as velocidades e tecnologias oferecidas seriam inferiores às da HughesNet.

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A empresa não divulga uma meta de clientes nessa faixa de preço, mas o satélite atual, o Eutelsat 65 WA, cobre 80% da população, com footprint sobre a faixa litorânea do Brasil e spots na região Centro-Sul (incluindo Brasília e Cuiabá). Este primeiro satélite tem capacidade para atender até 400 mil usuários simultâneos, mas já estão programados e contratados mais dois estágios de expansão do serviço: um segundo satélite em 2018, que elevará a cobertura a 90% da população e permitirá a cobertura de algumas áreas não cobertas na Região Norte; e uma terceira etapa, em 2020, que será coberta pelo sistema de órbita baixa da OneWeb.

A HughesNet terá também atendimento a empresas. A diferença basicamente é na franquia e nas taxas de upload significativamente mais elevadas. O pacote mais básico sai por R$ 459,90 para um plano de 15 Mbps e franquia de 40 GB. O pacote mais caro sai por R$ 859,90 para 25 Mbps, e franquia de 80 GB. A taxa de instalação é de R$ 469,00.

Plano Hughes Empresa

Modelo de franquias

A Hughes sabe que o modelo de franquias está sob críticas, mas argumenta que não teria como implantar um serviço via satélite sem isso. "É uma tecnologia que o consumo excessivo de um usuário prejudica os demais, como é a tecnologia móvel", diz Guimarães. Para compensar o problema a operadora a operadora argumenta que não interromperá o serviço de navegação ao final da franquia (o corte é apenas para download e streaming), oferece pacotes adicionais de 1 GB por R$ 29,90 e permite que parte da franquia não utilizada em um mês seja carregada para o mês seguinte. O modelo é muito parecido com o que é praticado nos EUA, onde a empresa tem 1,3 milhão de usuários. "Vamos cometer erros, mas serão erros novos. A experiência dos EUA está sendo inteiramente aproveitada", diz Guimarães.

Instalação e distribuição

A distribuição e instalação da HughesNet será feita pela Elsys, que hoje é a principal parceira da OiTV. A logística é muito parecida com uma operação de DTH, inclusive usando a base de distribuidores e instaladores como principal canal de venda. Num primeiro momento, explica Alceu Passos, diretor de marketing e vendas da Hughes, são 22 distribuidores e 500 dealers selecionados pela Elsys. Damian Zisman, diretor geral da Elsys, explica que a seleção foi feita em função das áreas de cobertura e em função das necessidades de treinamento para esse tipo de serviço, que requer um pouco mais de etapas de instalação do que um sistema de DTH.

5 COMENTÁRIOS

  1. Estava interassada de imediato nesse serviço para uma fazendinha na zona rural de Alagoinhas Bahia mas vendo o nùmero de reclamações dos clientes e com todas as limitações da banda larga, creio que não serà possivel. Esperarei para ver o que o futuro Geoestàcionario do Brasil tem a oferecer.

    Atenciosamente

    Maria

  2. Depois q li as informações analisei q só serve pras grandes empresas ,pois pensei q fosse tbm pra residencial comum ,por enquanto muito obrigada

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