Debate na Câmara reforça antagonismo entre LTE e WiMax

Uma contraposição que ficou clara durante o seminário destinado a discutir as aplicações para as bandas de 2,5 GHz e 3,5 GHz realizado nesta quinta, 28, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados é em relação às expectativas que associações e empresas ligadas ao WiMax têm em relação às soluções que serão adotadas e a expectativa das entidades e empresas ligadas ao SMP. Do ponte de vista das associações, a GSM Association espera que a solução adotada no Brasil seja a mesma adotada na Suécia, com a escolha da primeira opção de alocação do espectro de 2,5 GHz proposta pela UIT, o que prevê o centro da faixa com 50 MHz para tecnologias TDD (WiMax) e o restante para tecnologias FDD (como a LTE), segundo Ricardo Tavares, VP de políticas públicas da GSMA. Já o WiMax Forum, segundo seu presidente de assuntos regulatórios, Tim Hewitt, prefere uma alocação mais flexível da faixa, fora dos moldes propostos pela UIT, permitindo que a alocação se dê em função da demanda real das empresas que desejem prestar os serviços de banda larga.
Disputa entre operadoras
Entre as operadoras, a contraposição ficou entre as já conhecidas posições da Telefônica, que controla a faixa de 2,5 GHz em São Paulo, Rio, parte de Curitiba e Parte de Porto Alegre. A Telefônica defende a manutenção da prioridade aos operadores e MMDS, considerando que o serviço de vídeo será mantido. Na mesma linha vai a Neotec, associação que representa os operadores de MDMS, esta com uma postura mais agressiva, dizendo que "reservar o espectro de 2,5GHz e mantê-lo sem uso por vários anos não é a melhor política para um País carente de infraestrutura e serviços de telecomunicações para os usuários finais". A associação diz que os operadores de MMDS estão prontos para contribuir com a massificação da banda larga mas que não podem fazê-lo enquanto a Anatel não autoriza sequer a homologação dos equipamentos para as faixas de 2,5 GHz. A ABTA vai na mesma linha da Neotec e defende o uso da faixa para a diversificação das opções de provedores de banda larga.

Notícias relacionadas
Do outro lado estão a Acel (associação de operadoras móveis) e a Oi. Ambas apontam para um estrangulamento da capacidade da banda larga móvel já a partir de 2011, e esperam que a Anatel regule a faixa de 2,5 GHz conforme a opção 1 da UIT, reservando a maior parte do espectro para os operadores móveis e deixando apenas o centro da faixa para as tecnologias TDD.
A Abramulti, que representa empresas operadoras de Serviços de Comunicação Multimídia (SMP) é a única que, pode-se dizer, diversifica o debate polarizado entre WiMax e LTE. Para a associação, é importante a Anatel evitar que operadores de telecomunicações já existentes tenham participação nas faixas de 2,5 GHz e 3,5 GHz. Por outro lado, a associação diz que não se deve reservar o espaço para operadoras de telefonia celular, já que a solução LTE que será utilizada só ficará pronta em 2013 e o limite das redes de banda larga móveis chegará em 2011.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!