Inadimplência é "moda" no setor de telecom dos EUA

Na avaliação do presidente da filial brasileira de um banco europeu, a pouca importância que a BellSouth dá à repercussão de seu posicionamento a favor da inadimplência da BCP é, em parte, encorajada pelo ambiente geral de calote vivido pelo setor nos EUA. Ele cita pelo menos oito casos espetaculares registrados este ano: 1) a Global Crossing (rede de cabo) com US$ 12,4 bilhões em débitos; 2) a Flag Telecom, que renegociou US$ 1 bilhão; 3) a Williams Communications Group que tem US$ 6 bilhões em dívidas com poucas perspectivas de pagamento; 4) a Teleglobe, com total de US$ 6 bilhões de dívida também sem perspectivas de pagamento; 5) a WorldCom, com US$ 30 bilhões em dívidas consideradas podres; 6) a Adelphia Communications, que apareceu com uma dívida não garantida de US$ 3,1 bilhões; 7) a Xo Communications com US$ 5,1 bilhões em débitos e; 8) a Qwest Communications, com dívida de US$ 25 bilhões também sob suspeita. Segundo análise do mesmo banqueiro, as condições de crédito para todo o setor de telecomunicações, no Brasil e no exterior, estão piorando sensivelmente. "As empresas do setor não vão apenas ter maior dificuldade de acesso ao dinheiro, como terão que encarar taxas mais altas". Ele ainda acredita que, ao apertar a situação, os controladores de algumas das operadoras vão começar a pressionar as autoridades brasileiras a facilitar créditos por agências oficiais, como o BNDES.

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