América Móvil quer levar Claro Box para demais mercados latinos

Após lançamento da Claro Box TV no Brasil, a mexicana América Móvil (controladora da Claro) já está planejando a expansão do conceito para o restante da América Latina, revelou a empresa nesta quarta-feira, 28.

"Nós lançamos a Claro Box no Brasil e estamos pensando em lançar o produto nos outros países da América Latina", afirmou o CEO da operadora, Daniel Hajj, durante conferência sobre os resultados da América Móvil no primeiro trimestre. México, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e América Central são alguns dos mercados que a empresa atua na região.

Diretor de operações do segmento fixo da empresa, Oscar Von Hauske Solís explicou que a expansão do conceito faz sentido em um momento no qual "a TV por assinatura tradicional está migrando para o streaming". O executivo afirmou que o modelo é vantajoso por ser mais eficiente do ponto de vista de custos.

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Dessa forma, a empresa já estaria preparada para adaptar a Claro Box aos demais mercados da região. Baseada em um hardware instalado pelo próprio cliente, a caixa atua como um hub de entretenimento conectado à Internet, com canais de TV paga e plataformas de streaming à la carte, utilizando sistema próprio desenvolvido internamente. No Brasil, o serviço foi lançado oficialmente em janeiro.

Torres

A América Móvil também afirmou que os trâmites internos para o spin-off de torres da empresa na América Latina estão em curso. Os ativos estão sendo separados localmente para posterior obtenção de aprovações regulatórias em cada mercado.

Hajj reiterou a intenção de encerrar o processo ainda neste ano; questionado, o CEO da controladora da Claro disse que o grupo não decidiu em qual bolsa a nova empresa de torres será listada.

A direção do grupo mexicano ainda reportou que a aprovação da aquisição da Oi Móvel (ao lado de TIM e Vivo) está ocorrendo de acordo com as expectativas. A empresa espera uma conclusão para o negócio ainda em 2021.

Cifras

De forma geral, a América Móvil registrou queda de 0,8% nas receitas ao longo do primeiro trimestre, para 248,1 bilhões de pesos mexicanos (cerca de US$ 12,4 bilhões ao fim do período).

"Vários países latino-americanos, incluindo México e Brasil, experimentaram novas ondas de covid-19 que levaram a novos confinamentos, mobilidade restrita e um desaceleração da atividade econômica", afirmou a empresa, no balanço.

Durante a conferência de resultados, Daniel Hajj ainda destacou a diminuição do valor do auxílio emergencial do governo federal como fator que contribuiu para a baixa na atividade comercial no Brasil durante o período. Ainda assim, os resultados da Claro no trimestre foram considerados sólidos.

Nos EUA, por sua vez, a forte recuperação econômica e o avanço do programa de vacinação teriam causado impactos adicionais sobre os números da América Móvil no trimestre, na medida que levaram a uma apreciação do dólar frente às moedas latino-americanas.

Para compensar a queda nas receitas, a empresa diminuiu custos e despesas em 3,4%, para 166,5 bilhões de pesos mexicanos (cerca de US$ 8 bilhões). Assim, o Ebitda no primeiro trimestre avançou 5,2% (para 81,6 bilhões de pesos) e o lucro, 106%, para 1,8 bilhão de pesos mexicanos (cerca de US$ 87 milhões).

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