Com TV no centro da estratégia, Vivo quer ajustar custos com programadores

A TV por assinatura desempenhou um papel importante na estratégia da Vivo no primeiro trimestre no ano. Juntamente com os serviços de banda larga, a operadora tem registrado um aumento significativo nas receitas e na receita média por assinante com esse segmento, que desde o final do ano passado representa uma receita maior para o grupo do que a oferta de banda larga por xDSL. No primeiro trimestre, a receita com TV paga cresceu 21%, enquanto a banda larga fixa por fibra – FTTx cresceu 22%. E a aposta da empresa é agora nos serviços que ela chama de "Premium Pay-TV", que são os serviços de IPTV e DTH interativo (conectado à banda larga). Nesse segmento, o crescimento de receitas no ano foi de 33,6%, em grande parte graças à migração dos usuários do serviço de DTH. Do 1,78 milhão de clientes de TV paga da Vivo no final de março, segundo o último balanço financeiro, 1,2 milhão era de assinantes desse serviço mais nobre. E é ai que a operadora espera crescer em clientes, receitas e resultados.

Mas a estratégia de TV paga passa, segundo Amos Genish (foto acima), presidente da empresa, por uma renegociação de custos de programação com os principais fornecedores, incluindo a Globosat. Em conferência com analistas para divulgar os resultados do primeiro trimestre, o CEO da empresa disse que espera concluir essas renegociações nos próximos dois meses, trazendo os ganhos de sinergia esperados depois da fusão com a GVT.

A receita média de TV por assinatura da Vivo era no final de março de R$ 88,8 (13% a mais em relação ao mesmo período de 2015), sendo que a receita média do segmento de fibra e DTH Interativo é de R$ 90,20 e no DTH simples é de R$ 72,40. Como comparação, a receita média na banda larga fixa a receita média é de R$ 44,50 (8% de aumento anual) e, na fibra (FTTx) essa receita vai a R$ 44,50.

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A operadora planeja para o terceiro trimestre a fase de transição das plataformas de TV paga. Vale lembrar que a Vivo opera hoje com o serviço de DTH herdado da GVT (Intelsat) e da Telefônica (Media Networks/Amazonas), mas deve transferir seus clientes para a Media Networks, que é do próprio grupo. A mudança coincide com o lançamento em escala plena dos planos 4-play, incluindo serviço de banda larga fixa, TV, voz e mobilidade, cujos primeiros pilotos estão sendo iniciados agora em abril.

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